Fusilamientos del 3 de Mayo
A mostra Goya en Tiempos de Guerra traz cerca de 200 obras produzidas pelo artista entre 1794 e 1819 – período no qual o pintor viveu atormentado por doenças e pelas recordações da invasão napoleônica a Madrid, em 1808.
A exposição, que reúne obras de coleções particulares, é a maior já dedicada a Francisco de Goya no renomado museu espanhol.
Segundo os curadores da mostra, a temática da guerra foi escolhida para a comemoração dos 200 anos da Guerra da Independência, mas também para mexer com a consciência coletiva sobre a violência da guerra.
"Não é uma exposição para passar um momento agradável. Trata-se de uma revisão sobre a violência e sua atualidade. Veremos a um Goya comprometido com a realidade ante o lado mais doloroso do ser humano", descreveu o curador José Manuel Matilla.
Tormento
A etapa em que Goya criou obras inspiradas na guerra coincidiu com duas de suas maiores doenças, uma delas acabou deixando-o surdo, em 1793.
O conflito bélico teria atormentado tanto o pintor, que ele chegou a ser considerado louco.
"Mas alguém com essa capacidade de trabalho não poderia estar louco. Sua loucura estava fora dele, no que estava vivendo", disse a outra curadora da exposição e Chefe de Conservação de Pintura do Século XVIII do Museu do Prado, Manuela Mena.
A produção deste período acabaria também com a fase de "pintor burguês", já que Goya era o artista oficial da realeza espanhola. Os quadros de guerra - alguns encomendados pela própria corte - mostrariam o lado mais profundo e amargo do artista.
Os especialistas do Museu do Prado consideram Francisco de Goya como uma figura ainda pouco reconhecida, se comparado com outros nomes célebres da história.
"Goya é tão importante como Einstein. No entanto, ao contrário do cientista, ele capta a essência do ser humano, e não a da galáxia. É como Michelangelo, já que desconhecemos todo o trabalho que há por trás dessa suposta simplicidade", completou a curadora.
O Museu do Prado restaurou alguns dos quadros especialmente para a exposição, e descobriu assinaturas do pintor que estavam encobertas. Uma delas feita em cima de um punhal caído no chão.
Os dois quadros mais importantes da mostra, chamados "Dias 2 e 3 de maio de 1808" (pintados em 1814), foram retirados do Prado durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
A mostra Goya em tempos de guerra fica em cartaz no Museu do Prado, em Madrid, até o dia 13 de julho.
Vejam algumas obras em exposição:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/pop_galerias/080415_goya_pop.shtml
Museo del Prado:
http://www.museodelprado.es/es/pagina-principal/exposiciones/info/en-el-museo/goya-los-anos-de-la-guerra/
O Museu do Prado, em Madrid, inaugurou no dia 15 de abril uma exposição que reúne obras do pintor espanhol Francisco de Goya com a temática da guerra.
A mostra Goya en Tiempos de Guerra traz cerca de 200 obras produzidas pelo artista entre 1794 e 1819 – período no qual o pintor viveu atormentado por doenças e pelas recordações da invasão napoleônica a Madrid, em 1808.
A exposição, que reúne obras de coleções particulares, é a maior já dedicada a Francisco de Goya no renomado museu espanhol.
Segundo os curadores da mostra, a temática da guerra foi escolhida para a comemoração dos 200 anos da Guerra da Independência, mas também para mexer com a consciência coletiva sobre a violência da guerra.
"Não é uma exposição para passar um momento agradável. Trata-se de uma revisão sobre a violência e sua atualidade. Veremos a um Goya comprometido com a realidade ante o lado mais doloroso do ser humano", descreveu o curador José Manuel Matilla.
Tormento
A etapa em que Goya criou obras inspiradas na guerra coincidiu com duas de suas maiores doenças, uma delas acabou deixando-o surdo, em 1793.
O conflito bélico teria atormentado tanto o pintor, que ele chegou a ser considerado louco.
"Mas alguém com essa capacidade de trabalho não poderia estar louco. Sua loucura estava fora dele, no que estava vivendo", disse a outra curadora da exposição e Chefe de Conservação de Pintura do Século XVIII do Museu do Prado, Manuela Mena.
A produção deste período acabaria também com a fase de "pintor burguês", já que Goya era o artista oficial da realeza espanhola. Os quadros de guerra - alguns encomendados pela própria corte - mostrariam o lado mais profundo e amargo do artista.
Os especialistas do Museu do Prado consideram Francisco de Goya como uma figura ainda pouco reconhecida, se comparado com outros nomes célebres da história.
"Goya é tão importante como Einstein. No entanto, ao contrário do cientista, ele capta a essência do ser humano, e não a da galáxia. É como Michelangelo, já que desconhecemos todo o trabalho que há por trás dessa suposta simplicidade", completou a curadora.
O Museu do Prado restaurou alguns dos quadros especialmente para a exposição, e descobriu assinaturas do pintor que estavam encobertas. Uma delas feita em cima de um punhal caído no chão.
Os dois quadros mais importantes da mostra, chamados "Dias 2 e 3 de maio de 1808" (pintados em 1814), foram retirados do Prado durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
A mostra Goya em tempos de guerra fica em cartaz no Museu do Prado, em Madrid, até o dia 13 de julho.
Vejam algumas obras em exposição:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/pop_galerias/080415_goya_pop.shtml
Museo del Prado:
http://www.museodelprado.es/es/pagina-principal/exposiciones/info/en-el-museo/goya-los-anos-de-la-guerra/
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