Nabuco, cidadão universal

Dedicatória de Machado de Assis a Joaquim Nabuco/ Reprodução

Há 160 anos nascia Joaquim Nabuco. Reconhecido principalmente pela sua campanha abolicionista, o pernambucano foi também um dos maiores intelectuais brasileiros do século 19. Suas obras influenciaram, nas décadas seguintes, nomes como Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Hollanda, e seu pensamento multifacetado permitiu que tivesse várias funções públicas: diplomata, escritor e político. Para comemorar o aniversário, o Museu Histórico Nacional inaugura nesta quarta (19.08, data redonda de seu nascimento) a exposição "Joaquim Nabuco: Brasileiro, cidadão do mundo".

A mostra - que só abre ao público na quinta (20.08) exibe cronologicamente a trajetória do intelectual, a partir de objetos de uso pessoal, dedicatórias de livros, sua correspondência (o que inclui, por exemplo, cartas trocadas com Machado de Assis), móveis e documentos (como o original da Lei Áurea). Tudo isso dividido em três módulos: "A infância e a formação", "O abolicionista e o pensador" e "O diplomata e cidadão do mundo".

A cenografia, a cargo de Chicô Gouvêa, permite uma verdadeira viagem no tempo. O arquiteto transformou a entrada do museu em um canavial, que abre um caminho até chegar à réplica de um engenho - como no cenário da infância de Nabuco, passada no campo. Há ainda uma réplica do Teatro Santa Isabel, em Recife, onde Nabuco costumava fazer seus pronunciamentos, além de um tapete de livros, para simbolizar a Academia Brasileira de Letras, que ele ajudou a fundar. Tudo isso, além de homenagear a memória do abolicionista, serve como o retrato de uma época na história brasileira.

O Globo

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JOAQUIM NABUCO: BRASILEIRO, CIDADÃO DO MUNDO. Museu Histórico Nacional: Praça Marechal Âncora s/nº, Centro. Tel: 2550-9220/ 2550-9224. Agendamento para grupos escolares: 2550-9260. De terça a sexta, das 10h às 17h30h; sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Ingressos: de terça a sábado, R$ 6; domingos: entrada franca. Até 4 de outubro.