Passados 60 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, no Sul da Polônia, ainda encontramos quem conteste a existência do Holocausto e pregue abertamente as teorias nazistas. E não apenas nos rincões afastados da civilização, sem maiores oportunidades de acesso à informação. Os idólatras de Hitler se encontram em todos os lugares, até mesmo aqui, em nossa Cidade Maravilhosa.
Não podemos minimizar o assunto. Esses indivíduos não são pobres coitados ignorantes, desculpa dada muitas vezes para se tentar esconder a gravidade do problema.
São políticos, intelectuais, professores, jornalistas, que têm em comum o vírus do preconceito.
Muitas vezes disfarçados de democratas, não escondem o ódio racista.
E isso ocorre em diversos lugares do mundo. O Irã faz campanha de mídia para aproveitar a ignorância e a preguiça da sociedade em uma tentativa de apagar da História uma das maiores tragédias já ocorridas na Humanidade.
Auschwitz é sinônimo de besta e de fera. Nos remete ao que de pior pode haver no gênero humano. Durante a Segunda Guerra Mundial, no período do Holocausto, mais de 50 milhões de pessoas morreram vitimadas pela loucura nazista. Mortos não apenas nos campos de batalha, mas também de forma metódica, industrial, em fornos crematórios, câmaras de gás, tortura indiscriminada, fuzilamentos, enforcamentos, experiências médicas ultrajantes, fome, doença. Grupo escolhido como bode expiatório, os judeus sofreram a maior perda com 6 milhões de assassinados, entre eles 1,5 milhão de crianças. Mas não estavam sós na destruição de suas vidas vitimadas pelo preconceito.
A criminosa fúria racista atingiu indiscriminadamente testemunhas de Jeová, ciganos, homossexuais, comunistas, negros, opositores do regime nazista. O racismo nunca atinge um único grupo.
A intolerância é uma praga que contamina a sociedade. A ninguém deve ser dado o direito de não aprender com a História. Ao nos defrontarmos com o preconceito, contra quem quer que seja, por menor que seja, estamos sendo todos atingidos, ainda que naquele momento a ação não nos atinja diretamente. Devemos reagir imediatamente e sempre de forma solidária.
Sem hesitação e sem medo. Sem o silêncio dos covardes.
Nosso país ocupa um papel importante no cenário das nações.
A participação brasileira nos campos da Europa durante a Segunda Guerra Mundial foi coberta de glórias. Nosso sangue também foi derramado para garantir o fim do fascismo e do risco de o mundo se tornar um império da maldade e do ódio. Também somos vítimas do Holocausto.
O Reich tornou legal odiar, discriminar, matar por preconceito, torturar, destruir. E isso não aconteceu em algum local intelectual e financeiramente atrasado. Ocorreu em um país onde os desenvolvimentos técnico, científico, cultural e social eram dos maiores do mundo.
No Brasil, mostramos com uma legislação anti-racista, a Lei Caó, que nosso povo não aceita conviver com o ódio. Outras leis e medidas, em vários estados, garantem a resposta legal e policial contra o preconceito.
Um exemplo é a criação dentro da estrutura do Estado de órgãos onde governo e sociedade civil se unem para lutar contra o racismo, como o Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, dentro da SEPPIR, criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela participação histórica do Brasil na luta pelas causas libertárias e pelo fim do preconceito dentro de nossas fronteiras, precisamos mostrar a voz brasileira, de forma clara e transparente, honrando nosso passado de luta, e dizendo: Holocausto nunca mais.
Sérgio Niskier
Presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro
Não podemos minimizar o assunto. Esses indivíduos não são pobres coitados ignorantes, desculpa dada muitas vezes para se tentar esconder a gravidade do problema.
São políticos, intelectuais, professores, jornalistas, que têm em comum o vírus do preconceito.
Muitas vezes disfarçados de democratas, não escondem o ódio racista.
E isso ocorre em diversos lugares do mundo. O Irã faz campanha de mídia para aproveitar a ignorância e a preguiça da sociedade em uma tentativa de apagar da História uma das maiores tragédias já ocorridas na Humanidade.
Auschwitz é sinônimo de besta e de fera. Nos remete ao que de pior pode haver no gênero humano. Durante a Segunda Guerra Mundial, no período do Holocausto, mais de 50 milhões de pessoas morreram vitimadas pela loucura nazista. Mortos não apenas nos campos de batalha, mas também de forma metódica, industrial, em fornos crematórios, câmaras de gás, tortura indiscriminada, fuzilamentos, enforcamentos, experiências médicas ultrajantes, fome, doença. Grupo escolhido como bode expiatório, os judeus sofreram a maior perda com 6 milhões de assassinados, entre eles 1,5 milhão de crianças. Mas não estavam sós na destruição de suas vidas vitimadas pelo preconceito.
A criminosa fúria racista atingiu indiscriminadamente testemunhas de Jeová, ciganos, homossexuais, comunistas, negros, opositores do regime nazista. O racismo nunca atinge um único grupo.
A intolerância é uma praga que contamina a sociedade. A ninguém deve ser dado o direito de não aprender com a História. Ao nos defrontarmos com o preconceito, contra quem quer que seja, por menor que seja, estamos sendo todos atingidos, ainda que naquele momento a ação não nos atinja diretamente. Devemos reagir imediatamente e sempre de forma solidária.
Sem hesitação e sem medo. Sem o silêncio dos covardes.
Nosso país ocupa um papel importante no cenário das nações.
A participação brasileira nos campos da Europa durante a Segunda Guerra Mundial foi coberta de glórias. Nosso sangue também foi derramado para garantir o fim do fascismo e do risco de o mundo se tornar um império da maldade e do ódio. Também somos vítimas do Holocausto.
O Reich tornou legal odiar, discriminar, matar por preconceito, torturar, destruir. E isso não aconteceu em algum local intelectual e financeiramente atrasado. Ocorreu em um país onde os desenvolvimentos técnico, científico, cultural e social eram dos maiores do mundo.
No Brasil, mostramos com uma legislação anti-racista, a Lei Caó, que nosso povo não aceita conviver com o ódio. Outras leis e medidas, em vários estados, garantem a resposta legal e policial contra o preconceito.
Um exemplo é a criação dentro da estrutura do Estado de órgãos onde governo e sociedade civil se unem para lutar contra o racismo, como o Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, dentro da SEPPIR, criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela participação histórica do Brasil na luta pelas causas libertárias e pelo fim do preconceito dentro de nossas fronteiras, precisamos mostrar a voz brasileira, de forma clara e transparente, honrando nosso passado de luta, e dizendo: Holocausto nunca mais.
Sérgio Niskier
Presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro
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