Pela primeira vez em 456 anos, a Igreja elegeu um Papa não italiano. O Cardeal Polonês Karol Wojtyla, na época com 58 anos, foi escolhido após o sétimo conclave, assumindo o pontificado como João Paulo II, em homenagem ao pontífice anterior, João Paulo I, o qual falecera após apenas 33 dias de papado.
A eleição foi recebida com perplexidade e alegria pelas 200 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, e com surpresa e otimismo em todo mundo.
Com esta eleição, confirmou-se a opção do Vaticano na época por um pastor e consolidou-se a linha montiniana de diálogo com os países comunistas.
A escolha representou também uma homenagem à Polônia, maior país católico da Europa Oriental, que ainda estava sob governo comunista.
No fim da tarde do dia 16 de outubro, poucos minutos após a fumaça branca ter sido vista saindo da chaminé da capela Sistina, João Paulo II apareceu na sacada da Basílica de São Pedro e discursou, em italiano, para a multidão que aguardava ansiosa notícias do novo Papa: “Se eu errar, corrijam-me”.
Definido como um homem capaz de reunir o “fascínio de Pio XII, o carisma de João XXIII e o senso moral de política de Paulo VI”, Karol Wojtila nasceu em Wadowice, filho de um opperário que morreu como suboficial do Exército, no início da Segunda Guerra. Ele mesmo foi operário, e trabalhou como ator antes de iniciar os estudos eclesiásticos.
João Paulo II teve o terceiro mais longo papado da história, exercendo 26 anos de pontificado. Em busca da paz, o Papa viajou por mais de 100 países, levando mensagem de solidariedade e amizade para Estados que sofriam as conseqüências do mundo no pós-guerra. João Paulo II é considerado por muitos o pontífice mais popular da história. Em abril de 2005, com a morte de Wotjtila, Joseph Alois Ratzinger foi eleito Papa, como Bento XVI.
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