O arquiteto franco-suíço Bernard Tschumi, autor do projeto do Museu da Acrópole, em Atenas / Foto: AP
O novo Museu da Acropóle abriu seus portões a centenas de visitantes ansiosos para explorar sua vasta coleção de esculturas e objetos da Grécia antiga. O museu abriga mais de quatro mil peças antigas, incluindo algumas das melhores esculturas clássicas remanescentes da decoração da Acróle. O acesso ao público foi liberado um dia após uma suntuosa cerimônia de inauguração para convidados e autoridades, que contou com a presença do presidente da Comissão Européia Jose Manuel Barroso, o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, além de chefes de estado e de governo de diversos países.
Curiosamente, nenhum representante do governo britânico marcou sua presença. A Grã-Bretanha, que se recusou a repatriar dezenas de esculturas de 2.500 anos originárias do templo do Partenon sob a guarda do Museu Britânico.
Mesmo de posse de ingressos reservados com antecedência pela internet, cerca de 200 visitantes se adiantaram à abertura do museu, na manhã do domingo. Nesta primeira semana - à exceção de alguns ingressos disponíveis para a sexta-feira - o museu já está lotado através das vendas pelo site.
A ateniense Chryssa Salamanou foi a primeira a entrar no museu, ao lado de seu marido e filho.
- Sentimos que hoje, com nosso filho, teríamos que ser os primeiros a admirar as obras que finalmente encontraram um lar tão valoroso e importante - disse.
Paige Moore, visitante de Houston, Texas, disse estar animado em visitar o museu no seu primeiro dia de funcionamento.
- Há dois meses estou esperando por este momento.
No interior do museu, os visitantes se impressionaram com as peças em exibição e com o layout ultramoderno do prédio, que inclui uma parede envidraçada para mostrar as esculturas remanescentes do Partenon em sua disposição original.
O governo da Grécia espera que o museu de concreto e vidro, que custou US$ 180 milhões, contribua para que sejam devolvidas as esculturas levadas do Partenon no século XIX pelo diplomata britânico Lord Elgin e atualmente em exposição no Museu Britânico em Londres.
O andar de cima do museu mostra a seção do friso que os agentes de Elgin deixaram para trás, com os moldes de 90 trabalhos reunidos em Londres. A exibição deliberadamente reforça o fato de que há peças faltando.
A entrada do museu custa 1 euro (US$ 1,40) até o fim do ano, quando o preço será aumentado para 5 euros (US$ 7). De acordo com a direção do museu, a visita dura em média três horas, sem incluir paradas para lanche e descanso.
Veja mais fotos do Museu da Acrópole:
http://oglobo.globo.com/viagem/fotogaleria/2009/9258/
Informações adicionais no site Acropolis Museum:
http://www.theacropolismuseum.gr
AP - Atenas. O Globo
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