domingo, 9 de setembro de 2007

El Escorial - O maior legado de Felipe II


O nascimento do magno mosteiro teve sua origem quando o rei Felipe II buscava um lugar para guardar a tumba do seu pai, o imperador Carlos V e, ao mesmo tempo, criar um centro político para centrar os seus reinos herdados, onde situar sua corte.

A localização não foi eleita por acaso, desde astrólogos a paisagistas, desde arquitetos a teólogos, estudaram o melhor lugar para sua construção. Decidiram que a localidade mais acertada era O Escorial, atualmente uma pequena cidade da Comunidade de Madrid, Espanha.

As obras, iniciadas em 1563, foram começadas pelo arquiteto do rei, Juan Bautista de Toledo, a quem se pode considerar o criador de tão magna realização. A ele também se deve o atual perímetro do recinto, bem como suas torres angulares. Contou o maestro com a inestimável ajuda de um discípulo de exceção, Juan de Herrera.

A finalidade outorgada, desde sua primeira proposta, à nova edificação, foi tríplice. Devia cumprir como panteão da família real, como palácio e como mosteiro.
O nome que recebeu, foi dado em homenagem à vitória conseguida pelos espanhóis na batalha de San Quintín, ocorrida na onomástica de San Lorenzo. É por este motivo que todo o conjunto tem forma de grelha, utensílio que se usou para o martírio do Santo.

O aspecto inicial da construção variou muito com relação ao que hoje em dia se pode contemplar. Em seus começos dispunha de quinze torres, um bosque que tendia para o céu, mais próximo da escola gótica. O resultado desta megalítica obra de granito, é de uma extrema singeleza e austeridade.

São muitas as estâncias que merecem destaque ao falar do Mosteiro de San Lorenzo do Escorial, desde sua impressionante biblioteca, ao surpreendente Panteão dos Reis, situado embaixo do presbitério da basílica. Também merece destaque o Pátio dos Evangelistas, um dos exemplos mais sereno do renascimento formado em duas ordens sobrepostas, ao estilo romano.

A decoração de suas salas foi realiza por artistas italianos, como Zuccero, Cambiaso e Tibaldi. Esteve presente também o labor pictórico de artistas como O Bosco e O Greco. Destaca-se também uma das obras mestras de Claudio Coello, A Adoração da Sagrada Forma, na sacristia.

Em 1984 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, tanto em reconhecimento da obra em si, como ao enclave natural que o rodeia.

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