quarta-feira, 30 de abril de 2008

Marcha pela vida para lembrar o Holocausto


Chegamos nesta terça-feira (29) a Cracóvia, Polônia, para iniciar a 20ª Marcha da Vida. São 150 estudantes de São Paulo e mais 120 do Rio de Janeiro. E mais 200 adultos. Além dos brasileiros, são 10 mil pessoas de todo o mundo. Viemos conhecer os locais onde os seis milhões de judeus foram mortos pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Para quem acha que isso aconteceu há muito tempo e não justifica ficar lembrando, é bom pensar em três fatos. Primeiro que isso aconteceu há apenas 60 anos, ou seja, ainda existem sobreviventes dos campos de concentração vivos. Segundo, como disse Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Literatura e sobrevivente de Aushwitz, "não lembrar é morrer duas vezes." E terceiro, que ainda hoje muita gente nega o Holocausto, como o presidente do Irã, e muitos inimigos do Estado de Israel ainda prometem eliminar todos judeus.


Brasileiros vão registrar em livro e documentário marcha para lembrar Holocausto:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/04/29/brasileiros_vao_registrar_em_livro_documentario_marcha_para_lembrar_holocausto-427113455.asp

A Marcha da Vida é uma organização mundial que tem uma logística impressionante. Durante oito dias são centenas de ônibus transportando 10 mil pessoas pela Polônia, para visitar os campos de concentração e os antigos guetos. Um fato curioso: muitos dos participantes só comem comida "kasher", ou seja, preparadas segundo preceitos religiosos que respeitam determinadas leis. Como resolver isso num país como a Polônia, que não está preparado para alimentar 10 mil pessoas ao mesmo tempo com comida kasher? A solução é trazer a comida de Israel. Uma complicada operação logística, mas muito divertida, pelo menos para os participantes, não para os organizadores. Saímos em dezenas de ônibus para um imenso pavilhão, onde um grande bufê foi servido. É claro que não os 10 mil ao mesmo tempo, pois os participantes são divididos em vários grupos, uma parte em Varsóvia, outra em Cracóvia, até por que as cidades não estão preparadas para receber tanta gente ao mesmo tempo.

A Polônia infelizmente recebe a Marcha da Vida, pois foi aqui que os alemães montaram os campos de concentração e extermínio para massacrar os judeus. Eles não queriam cometer esse horrendo crime em seu território e logisticamente na Polônia era mais fácil. Aqui viviam 3,5 milhões de judeus antes da Guerra (ao final sobraram apenas 300 mil) além de estar no meio do caminho entre os países do leste e do oeste europeu. Em 2007 o Governo Polonês conseguiu aprovar junto à ONU que a denominação dos campos passasse a ser oficialmente "Campos de Concentração Nazistas em território polonês ocupado pela Alemanha".É um dos períodos, se não o mais, negro da humanidade.

Hoje foi um dia de chegada, amanhã começam as visitas ao pesadelo

A Marcha da Vida 2008 vai virar um livro com fotos do Marcio Scavone e texto meu. E um documentário de uma hora e meia com direção da americana Jéssica Sanders, produzido pela Latinoamerica e Conspiração Filmes. Em 5 línguas, português, inglês, francês, espanhol e hebraico. Serão os primeiros documentos feitos de maneira profissional em todo o mundo. Estarão prontos no final do ano e a disposição de vários museus do mundo.

Marcio Pitliuk, autor da idéia de documentar a Marcha da Vida.

"Violet hill" - Coldplay


O grupo Coldplay também aderiu à onda de artistas que disponibilizam sua música de trabalho para download gratuito. Os fãs estão podendo baixar "Violet hill" desde as 8h15 (horário de Brasília) desta terça-feira (29).

A faixa estará disponível no site oficial do quarteto inglês por um período de uma semana. Depois, será vendida em formato digital. Chris Martin e companhia também devem lançar seu novo disco, "Viva la vida or death and all his friends", em 13 de junho deste ano.

Com 30 milhões de cópias vendidas em seus três primeiros álbuns, o Coldplay dará ingressos de graça para dois show, em Nova York (16 de junho) e Londres (23 de junho). A banda vai ainda divulgar as instruções para concorrer as entradas.

O Coldplay gravou seu mais recente disco com o produtor Brian Eno (ex-músico do Roxy Music e co-responsável pelo sucesso "The Joshua tree", do U2). O quarteto afirmou que foi influenciado nas gravações pela mais recente turnê latino-americana, que incluiu uma passagem pelo Brasil. O nome do disco foi inspirado em uma pintura da mexicana Frida Kahlo. Entre as músicas do novo álbum estão "Strawberry swing" e "Lovers in Japan".


http://www.coldplay.com/index.html

http://www.youtube.com/watch?v=Mq_5ds5VWGQ

La España convertida al Islam


Artículo de Valentí Puig en ABC - 07/09/2006

‘2001: Uma odisséia no espaço’ completa 40 anos


Em 29 de abril de 1968, o filme “2001: Uma odisséia no espaço” chegava aos cinemas brasileiros e provocava no público daqui o furor que causou um mês antes, em sua estréia nos EUA.

Hoje, 40 anos depois, o longa-metragem de Stanley Kubrick é considerado um clássico, mas ainda gera discussão, seja por sua visão perturbadora do futuro, seja por sua estética e seus efeitos especiais inovadores.

“Se alguém entender o filme da primeira vez, nossas intenções terão falhado”, anunciou no lançamento Artur C. Clarke, co-roteirista e autor da obra original, que morreu no mês passado.


Elogios e ataques

A declaração de Clarke inflamou a opinião pública e provocou um racha na crítica. Na época, ao contrário do que se possa hoje pensar, “2001” recebeu não apenas elogios, mas também duros ataques.

O jornal “Boston Globe” classificou o longa como “o filme mais extraordinário do mundo”, a revista “New Yorker”, como “um trabalho inesquecível” e a “Time”, como “um épico brilhantemente dirigido”.

Mas, do outro lado, o “New York Times” liderava a patrulha anti-“2001”. “É algo entre o hipnótico e o imensamente chato”, apunhalou a jornalista Renata Adler, do “NYT”, seguida por outros veículos, como a “Variety” e o “New Republic”, que não pouparam críticas à produção de Kubrick. Para eles, “2001” era “pretensioso”, “um fiasco” , “um desastre” e “monumentalmente sem imaginação”.

As críticas contribuíram para que Kubrick lançasse, poucos dias depois, uma nova versão do longa-metragem, com 19 minutos a menos do que a edição original, de 160 minutos.


Intensamente subjetivo

Mas uma pergunta continua sem resposta: qual era a mensagem que Kubrick e Clarke queriam passar? Em entrevista à revista “Playboy” na época do lançamento, o cineasta rejeitou perguntas sobre o significado do filme: “Você gostaria que Leonardo Da Vinci tivesse escrito abaixo na ‘Monalisa’ ‘esta moça está sorrindo porque ela tem um dente podre’? Eu não quero que isso aconteça com ‘2001’.” Kubrick se limitou a descrever “2001: uma odisséia no espaço” como “uma experiência intensamente subjetiva”.

Na verdade, a odisséia começou em 1965, quando o diretor ainda curtia o sucesso de "Dr. Fantástico" e surgiu a vontade de filmar uma ficção científica sobre vida extra-terrestre. Kubrick, que era um grande fã do gênero, resolveu contactar o escritor veterano Arthur C. Clarke para formar uma parceria. O autor sugeriu a adaptação de um de seus contos, "The sentinel", que tinha cenas na lua.

A dupla começou a escrever o roteiro e o romance paralelamente, e a combinação era de que ambos assinariam tanto o script quanto o livro. Entretanto, Kubrick acabou ficando sem crédito pelo romance. Há boatos de que o cineasta teria feito uma troca com Clarke: abriria mão de sua assinatura no livro se o filme tivesse prioridade de lançamento.


Um épico em três partes

Com uma trilha sonora clássica marcante, o diretor dividiu o filme em três partes. A primeira mostra as origens da humanidade, com primatas prehistóricos lutando pela sobrevivência. Em um dos momentos brilhantes do longa-metragem, um macaco joga um osso para o alto após derrotar seus inimigos, e o objeto gira no ar fazendo a transição do passado pré-histórico para o futuro espacial.

A segunda parte mostra a rotina dos astronautas Dave Bowman (Keir Kullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) a bordo do Discovery One, em que também viaja o supercomputador HAL 9000, uma máquina que se mostra cada vez mais humana. Na terceira, Dave embarca numa viagem desafiadora do espaço e o tempo, que o leva a uma épica revelação final.

Embora visualmente rico, com efeitos muito à frente de seu tempo, "2001" quase não tem diálogo, o que até hoje faz com que parte do público torça o nariz. Estima-se que em mais de dois terços da projeção nenhuma palavra seja dita.

Hoje, absolvido pela história do cinema e pelos críticos de todo o mundo, "2001" é uma unanimidade na maioria das listas dos melhores filmes de todos os tempos e sobrevive como uma obra atual e obrigatória. Kubrick parece ter alcançado o que pretendia: “se o filme conseguir atingir pessoas que nunca pararam para pensar no destino do Homem, terá tido sucesso”.

Carla Meneghini - G1


http://www.kubrick2001.com/

España, el infierno de Napoleón

Una mañana, en Santa Elena, Napoleón confesó a Les Cases que el gran error de su Francia imperial había sido la "maldita guerra de España". Pero el corso, aquel tirano que soñó con imponer a Europa un único modelo de sociedad, no admitía su responsabilidad: la culpa había sido de Joaquín Murat y de Tayllerand, que le habían pintado una España muy distinta de la que se encontró.

No dijo toda la verdad Bonaparte aquella mañana: en 1794 él mismo había elaborado un informe para el Directorio sobre la naturaleza ignorante y supersticiosa de los españoles, quienes, aseguraba, quedarían fascinados ante el despliegue militar y político de la Francia revolucionaria. La clave, explicaba, residía en ocupar España sin que los españoles se sintieran invadidos, pues eran "temibles" en su propio terreno. Había que atacar a Alemania, "jamás a España", concluía.

Años después, el entonces emperador tomaría una decisión que chocaba de frente con lo que había expuesto en aquellos papeles.

Napoleón invadió España porque la corte borbónica era débil. Inmersa en un vergonzoso conflicto personal, la Familia Real se entregó a los intereses franceses y dejó como árbitro de la crisis al emperador. Godoy ansiaba un pedazo de Portugal, y el príncipe Fernando, mediante su matrimonio con una Bonaparte, hacer de su propio país un eficiente satélite de Francia.

Ya a finales de 1807, Napoleón pensó que sustituiría a los Borbones y a los Braganza por miembros de su familia. Su objetivo era aprovecharse mejor de los recursos naturales de España y Portugal y reforzar el bloqueo de Inglaterra. ¿Guerra en España? Napoleón no creía que fuera a haber tal; ni siquiera en junio de 1808, cuando ya todo el país se había levantado contra sus fuerzas. Aquellos españoles irreductibles convirtieron la ocupación en un auténtico calvario para los franceses.

Emilio de Diego, profesor de Historia Contemporánea en la Complutense de Madrid y uno de las mayores especialistas en la Guerra de la Independencia, ha escrito un excelente libro para explicar por qué España fue el "infierno de Napoleón".

A juicio de De Diego, Bonaparte cometió cuatro errores: 1) creyó que podría sustituir sin resistencias las casas reinantes en España y Portugal y alterar las fronteras de ambos reinos; 2) pensó que, si finalmente estallaba, la guerra en España sería breve, de ahí que enviara un ejército conformado por soldados de reemplazo, sin instrucción ni pertrechos; 3) tenía la delirante idea de que España era un país rico, y que controlándolo controlaría el mercado hispanoamericano y las remesas de plata, lo que le permitiría financiar la guerra en Europa; 4) creyó que, al igual que había hecho en Francia, en España podría erigir, a base de reformas y liberalizaciones, una Iglesia nacional, separada de Roma.

Pero es que, además, resultó que la gran mayoría de los españoles rechazó los planes del nuevo tirano. Sin rey ni autoridades civiles confiables, la nación asumió la soberanía y se opuso a ese cambio que querían imponerle sin su consentimiento. El resultado fue la formación de un gobierno, la Junta Central, que, a diferencia de otros gabinetes europeos, nunca capituló, ni siquiera cuando Napoleón conquistó Madrid, el 4 de diciembre de 1808. Tomar la capital no sirvió de mucho al francés porque el Gobierno de Floridablanca siguió adelante con la guerra desde Sevilla, primero, y luego, desde Cádiz. Por otro lado, el Ejército español, mal pertrechado y repleto de voluntarios sin instruir, aunque caía una y otra vez, continuamente recomponía sus filas para seguir en la contienda. El bando español sufrió sonoras derrotas, pero no conoció ningún Austerlitz...

De Diego hace una buena narración de la guerra, realista y amena, sin mitificaciones, que ilustra con unos mapas esclarecedores, y concluye con una exposición de sus más amargas consecuencias. En este punto, cabe recordar que la mortalidad alcanzó cotas jamás vistas en nuestro país, ni siquiera en la última guerra civil. Por lo que hace a las repercusiones económicas y al quebranto de las comunicaciones, no fue lo que cierta "pulsión nacionalista" (p. 475) dice que fue, por la simple razón de que no había demasiadas cosas que quebrantar. En cuanto al expolio del patrimonio artístico, cabe achacarlo al pillaje francés e inglés... y a la generosidad de Fernando VII, que regaló a Wellington lo que éste había robado.

Con todo, la consecuencia más dañina fue la imagen que los españoes se hicieron de sí mismos; una imagen generada en el exterior y que los pintaba como gente salvaje, distinta (léase "inferior") a la del resto de Europa. Goya incidió en ello, y el regodeo en los desastres de la guerra dio origen, al decir de De Diego, a esa frustración y a ese pesimismo que todo lo excusan en el ser español ("¡En este país...!").

Esta visión negativa de lo español, con sus peticiones constantes de perdón, ha encontrado un altavoz eficaz en cierta historiografía, que considera la Guerra de la Independencia una invención burguesa y españolista que ocultó la realidad de un conflicto civil. Para Emilio de Diego, esto responde a "planteamientos político-partidistas", no a un "debate historiográfico mínimamente riguroso" (p. 18). Él, ajeno a esa interpretación, afirma que se trató de una guerra total, a un tiempo tradicional y moderna.

Solamente desde este punto de vista, tan apegado al proceso histórico y a los documentos, se puede concluir que la Guerra de la Independencia es el gran acontecimiento de la contemporaneidad española. Fue entonces cuando se cimentaron los pilares sobre los cuales ha girado la vida política de nuestro país: la nación como sujeto político soberano, el patriotismo ligado a la libertad y el constitucionalismo. El reconocimiento de esta aportación nos saca del pozo de los complejos. Y este libro ayuda a ello.

Jorge Vilches

Emilio de Diego: España, el infierno de Napoleón 1808-1814. Una Historia de la Guerra de la Independencia. La Esfera (Madrid), 2008, 591 páginas.

La cara oculta de la guerra

¿Por qué los guardianes nazis de los guetos y los campos de exterminio disparaban sobre niños indefensos? ¿Por qué los soldados japoneses se cebaron con la población civil de un país derrotado y humillado como China? ¿Qué pensaban los pilotos británicos cuando arrojaban la carga mortal de sus bombarderos sobre los desesperados habitantes de una Dresde devastada?

La Segunda Guerra Mundial fue algo más que una serie de grandes operaciones militares planificadas al milímetro, algo más que los sonoros discursos de Churchill, las encendidas arengas de Hitler, las conferencias aliadas con el padrecito Stalin como maestro de ceremonias. Los ejércitos no fueron los únicos protagonistas de ese conflicto absoluto y espantoso: de los (por lo menos) 60 millones de personas que perdieron la vida, cerca de 40 eran civiles (la mayoría de éstos cayeron en el Frente del Este y durante la feroz campaña japonesa en China).

Explicar el porqué de un fenómeno tan anormal, único en la historia, ha sido durante mucho tiempo la principal ocupación de Laurence Rees, un director de documentales obsesionado, en el mejor sentido de la palabra, con él. A juicio de Rees, para entender algunas de las atrocidades que se perpetraron entonces no hay que recurrir a los libros de historia, sino a los supervivientes. Por eso se ha dedicado durante años a entrevistar a una infinidad de ellos. Lo ha hecho, además, sin presupuestos de partida, sin pretender erigirse en juez y parte; centrándose en la búsqueda de los hechos históricos, que ha ido construyendo sobre las pequeñas historias, por lo general espeluznantes, de que ha sido depositario.

A la vista de los cinco libros que ha publicado sobre el tema, el método le ha proporcionado excelentes resultados. De sus investigaciones sobre Auschwitz, que quedaron plasmadas en un soberbio documental para la BBC, sobre la campaña alemana en Rusia y sobre el terror japonés en Extremo Oriente ha salido el último de sus trabajos: Los verdugos y las víctimas, un destilado de historias personales realmente sobrecogedor.

Rees ha trazado el mapa de siete escenarios bélicos: los genocidios, la resistencia, el exterminio del subhumano, los prisioneros, los soldados de la fe, los servidores del régimen y los suicidios colectivos. En cada uno de ellos, la guerra por excelencia va tomando una forma muy distinta a la que recogen los manuales de historia convencionales. Desde Oskar Gröning, pacífico contable alemán en Auschwitz que contemplaba impasible cómo sus colegas de las SS desnucaban a culatazos a los niños judíos que llegaban en tren a Birkenau, hasta Masayo Enomoto, soldado japonés que violó, asesinó y se comió a una joven china porque tenía hambre y por la convicción íntima de que él era un ser superior, todas las historias constituyen un pequeño tesoro de la memoria viva. Un billete de ida al horror y de vuelta a la esperanza; porque la maldad va siempre escoltada de un cortejo de coraje, valentía y heroísmo.

Ahí es donde convergen historias como la de Alois Pfaller, un joven bávaro que plantó cara al nazismo en la misma boca del lobo, o la de Toivi Blatt, un judío polaco que consiguió escapar del matadero de Sobibor. La historia de Toivi es quizá la que mejor condensa esa dualidad verdugo-víctima que anida en el alma de cada ser humano. Ante la pregunta de cuáles eran las enseñanzas que había sacado de su desgarradora experiencia, el prófugo, ya convertido en venerable anciano, responde:

Yo sólo se una cosa: que nadie conoce a su prójimo. Encuentras a una persona muy simpática en la calle, le preguntas por una dirección concreta y te acompaña media manzana para indicártelo. Esa misma persona, en una situación diferente, podría ser un sádico de la peor especie. Nadie conoce a nadie. Cualquiera puede ser bueno o malo según la situación. A veces, cuando estoy con alguien que se comporta con mucha amabilidad, me pregunto: ¿cómo habría sido este sujeto en Sobibor?

En un mundo tan siniestro como el de la guerra mundial, donde los principios morales más elementales se difuminaban hasta disolverse en la nada, la cuestión de la culpabilidad se torna espinosa. ¿Quién asesinó a más gente, un funcionario de las SS que movía papeles en Berlín o el piloto del Enola Gay? ¿Por qué las unidades de la Wehrmacht liquidaban como ratas a los soviéticos que se rendían? ¿Era culpa suya, o del Estado que les ordenaba hacerlo porque, a fin de cuentas, aquellos eslavos eran infrahombres cuyo único destino era criar malvas?

El hecho es que Rees, buscando respuestas, se ha encontrado con muchas más preguntas. Preguntas que salen despedidas de las páginas de Víctimas y verdugos y quedan flotando en la conciencia del lector. La gloria de Normandía, de Gualdalcanal o de El Alamein se desvanece ante la inapelable vivencia individual. Y es que la guerra, aunque la provoquen los Estados ávidos de poder o empujados a defenderse, la hace gente normal, como usted o como yo. Personas que caen, casi siempre accidentalmente, en un lado o en otro; en el de las víctimas o en el de los verdugos.


Fernando Díaz Villanueva


Laurence Rees: Los verdugos y las víctimas. Crítica (Barcelona), 2008, 286 páginas.

Al Ándalus al alcance de todos

Hay alguna gente, poca y muy amenazada, que se siente en la obligación de advertir a los desprevenidos pobladores de la Eurabia actual de las mentiras que la mayoría de los políticos, periodistas, historiadores y divulgadores, a sueldo o no de instituciones ad hoc, les están contando acerca del Islam y sus proyectos, que influyen de forma decisiva en el porvenir de España.

Una de las personalidades más destacadas en ese terreno especialmente resbaladizo es Rosa María Rodríguez Magda, a quien debemos ya La España convertida al Islam, que ahora vuelve a la batalla con Inexistente Al Ándalus, subtitulado De cómo los intelectuales reinventaron el Islam y que ha obtenido el Premio Internacional de Ensayo Jovellanos 2008.

Debo decir que, así como recibí el libro, me lo zampé de un bocado, lápiz en mano para subrayar lo que hubiese de subrayar. El lápiz me sirvió de poco y lo abandoné enseguida: habría que subrayar todo el libro; tan perfecta y ordenada es su trama argumental, que prácticamente no deja espacios libres. También debo decir que en algún momento me había propuesto escribir un libro sobre el tema, y que he acumulado una buena cantidad de material para ello, casi todo citado por Rodríguez Magda como sostén de su tesis, de Guichard a Fanjul, de Arístegui a Lewis, de Gutas y Blas Infante a la inexplicablemente aún no traducida Bat Ye'or. Pero no lo voy a hacer: ya está hecho, y mucho mejor de lo que yo hubiese sabido hacer. Por lo que, de aquí en más, prometo dedicar mis mejores esfuerzos a difundir esta obra, sabia, útil y accesible, como lo vengo haciendo con Al Ándalus contra España. La forja del mito, de Serafín Fanjul, desde su aparición.

Los que venimos de las izquierdas hemos tardado un tiempo excesivamente largo en digerir y nutrirnos de la mitología del Islam culto, pacífico y convivencial. Yo entré por la vía de Juan Goytisolo y su Reivindicación del conde Don Julián, así como sus ensayos de El furgón de cola, que me arrastraron hacia Américo Castro y su peregrina e inconsistente obra. Fue al empezar a estudiar Historia Medieval en la Universidad de Barcelona cuando me cuestioné algunas de esas lecturas. Y me las cuestioné desde su base cuando empecé a estimar en todas sus aristas la polémica de Sánchez Albornoz con Menéndez Pidal. Fue como lectura de curso que leí el Al Ándalus de Guichard, que conservo en su edición de Barral. Y tuve la fortuna de tener delante a un maestro bizantinista, Salvador Claramunt, para que me resolviera unos cuantos interrogantes.

Todo ese largo proceso de lecturas y licenciatura vino a coincidir finalmente con la declaración de guerra islámica de Houari Boumedienne en la ONU en 1974. "Esto es una guerra, y la ganaremos con los vientres de nuestras mujeres", dijo entonces. Ya no había capa antisionista en ese discurso, ya no era únicamente Israel el enemigo, ese Israel por cuyo derecho a existir y defenderse he batallado largamente: eso era una declaración de guerra a Occidente en su conjunto, y a Europa y a España en particular (que, dicho sea de paso, paradójicamente, convirtió a Israel en la vanguardia defensiva de nuestra cultura).

Pero lo cierto es que hay una inmensa mayoría de escritores, periodistas, cineastas y publicistas en general que no han hecho ninguna de esas lecturas; por no hacerlas, no hicieron siquiera la de Goytisolo, conformándose con sus artículos en El País, sólo superados en sumisión por los de Gema Martín Muñoz, una profesional del mito. Alentados ambos por la islamofilia indudable del grupo Prisa, disfrazada de corrección política.

La ventaja indudable de Inexistente Al Ándalus es que, amén de la erudición y la selección de fuentes que presenta Rodríguez Magda, pone el problema al alcance de todos. No se trata de que la autora se dirija a un público menor de edad intelectual, sino de que la lógica inexorable de su exposición la hace más fácilmente accesible que cualquiera de los sibilinos (en todas las acepciones del término) textos de quienes sostienen lo contrario. Y también de que ningún punto de la exposición está desligado de la experiencia cotidiana de cualquier español atento al devenir del Islam ante sus propios ojos: ¿por qué el mito de Al Ándalus? ¿A quién beneficia ideológica y políticamente? ¿Qué tiene que ver el Islam con la Ilustración y con la conquista de los derechos del hombre a ella asociada? ¿Qué tiene que ver el Islam con el feminismo, como algunas pretenden ahora –v. el capítulo titulado "Lo que oculta el velo islámico"–? ¿Por qué y cómo el terrorismo, fuera y dentro de España? Porque, digo yo, nunca ha habido en este país un atentado más grave que el del 11-M, y sin embargo parecemos haber olvidado sus raíces.

E hilando aún más fino: ¿qué relación guarda el mito de Al Ándalus con los nacionalismos periféricos en España, empezando por el andaluz y su "padre de la patria", el converso Blas Infante? ¿De qué manera la consideración de la Reconquista como conquista de territorios islámicos sirve a la quiebra de la nación española? ¿Hasta qué punto se pretende separar a España de Occidente, a la vez que se la trocea, negándole la romanidad y la continuidad cristiana? (Baste como ejemplo en este sentido el reclamo musulmán de la catedral de Granada, que antes fue mezquita pero que, aún antes, había sido iglesia cristiana).

Ya no se trata de las afirmaciones groseras del tipo "los árabes inventaron el cero", desmentida por las construcciones pitagórica y euclidiana, inconcebibles sin ese concepto, o "los árabes aportaron a España la hidráulica", frase risible, sobre todo si se la enuncia delante del acueducto de Segovia. Ahora se ocupan de cosas más delicadas: la convivencia de las culturas bajo el poder islámico en la Península; la deuda que, supuestamente, tenemos con aquéllos por haber conservado para nosotros la cultura clásica griega y latina; el imperialismo español, modelo de todos los demás, en la ya no llamada "Reconquista", sino "conquista" a secas; el colonialismo español, nacido del mismo parto. De ahí a la alianza de civilizaciones hay un breve paso, y más breve aún a la cosoberanía con Marruecos sobre Ceuta y Melilla, que hay mucho Don Julián todavía por aquí.

El arabismo crítico, del que el libro que comento es buena prueba, aún no ha dado un giro completo hasta alcanzar la recuperación de la tesis de Pirenne, siempre denostada por los pocos que la mencionan, en Mahoma y Carlomagno: que la Edad Media, los siglos oscuros de Europa se debieron a la aparición y la irrupción expansiva del Islam, al que aquélla hubo de hacer frente desde la Primera Cruzada y hasta Lepanto.

Pero la crítica emprendida por Rodríguez Magda no tiene nada de inocencia teórica: apunta con toda claridad, como en su obra sobre los conversos actuales, a una realidad inminente y acuciante: la de la planificada reconquista (en este caso sí autorizan la voz las conciencias políticamente correctas) de Al Ándalus, que tiene a su servicio un aparato de agit-prop digno de Willi Münzenberg, con la colaboración de más de uno de los grandes grupos de comunicación nacionales e internacionales (véase el caso de la Cañada Real, donde la policía que iba a desahuciar a los pobladores era esperada por cadenas de televisión españolas y por Al Yazira, que celebró el acontecimiento como una "intifada"). De este lado de la barrera, somos pocos. Por eso hay que leer y difundir Inexistente Al Ándalus.

Horacio Vázquez-Rial


Rosa María Rodríguez Magda: Inexistente Al Ándalus. De cómo los intelectuales reinventaron el Islam. Nobel (Oviedo), 2008, 196 páginas.

http://www.rodriguezmagda.com/


Artículo sobre el libro: "Al Ándalus: mito y utopía, suicidio de Occidente y bandera yihadista"
http://www.elsemanaldigital.com/articulos.asp?idarticulo=81772

La historia de siempre

Es cierto que definir la realidad es una tarea arduamente difícil, ambigua e imprecisa, que se presta a diversas interpretaciones. La objetividad periodística debe ser una meta cuanto menos deseable, aunque algunos nieguen que sea posible. Ejercitarla sería publicar tanto lo que aprueba como lo que se desaprueba, algo que no ocurre cuando palestinos e israelíes se ven inmiscuidos en algún trágico y sangriento asunto. Como no, se esperaba una buena bofetada mediática contra Israel por las muertes de Miyasar Abu Muatak y sus cuatro hijos en Beit Hanoun.

Las Fuerzas Armadas israelíes no aceptan de ninguna forma la responsabilidad por tales hechos, aunque los medios, para variar, apenas hayan recogido su versión. Según la información e imágenes mostradas por los israelíes, la potente deflagración que siguió al ataque de la Fuerza Aérea israelí contra milicianos palestinos indica que éstos portaban una gran cantidad de explosivos junto a la casa donde estaban la madre y sus hijos. Recuerda sin duda a los hechos de la playa de Gaza, en junio de 2006, donde murieron los miembros de la familia Ghalia por un supuesto ataque israelí, o los 19 civiles que murieron en Beit Hanoun en noviembre de 2007.

Es la historia de siempre. Los palestinos saben cómo exhibir sus muertes en público y agitar sus miserias públicamente. Sin embargo aún no saben como conciliar sus vidas con la realidad. Es tal su miedo que pierden la serenidad y vuelven a las armas y a la sangre. Así les ocurrió tras la retirada o "desconexión" israelí de 21 asentamientos judíos en Gaza en agosto de 2005. Les brindaron la oportunidad de demostrar al mundo hasta dónde podían llegar sin estar bajo el control de Tel-Aviv y la desaprovecharon. "No pierden la oportunidad de perder una oportunidad", se suele decir de los palestinos. La desperdiciaron por su retórica victimista, por sus luchas internas, por su mal uso de las ayudas internacionales, por su corrupción, por apoyar a una organización terrorista. Son lo que han votado, y tienen lo que se merecen. Si aceptan que las facciones armadas palestinas actúen junto a las casas de civiles y les utilicen como escudos humanos, allá ellos. Aunque sigan sacando provecho de las instantáneas sensacionalistas.

Los pobres en Gaza son cada vez más desgraciados, y los que no lo eran no tienen ahora nada que llevarse a la boca. Los fundamentalistas han agudizado la crisis económica que arrastraba la Autoridad Palestina, y son los que disparan contra camiones cisterna para impedir la entrega de combustible en los hospitales de Gaza. Pero ¿qué se puede esperar de un pueblo con líderes llenos de odio y violencia, que celebraron con vítores los atentados del 11 de septiembre? Una y otra vez vienen a nuestra mente las palabras de Golda Meir: "La paz llegará cuando amen a sus hijos más de lo que nos odian a nosotros."

GEES, Grupo de Estudios Estratégicos.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Arte e historia conmemoran la rebelión del 2 de mayo de 1808 de Madrid

Imagen de la exposición 'Madrid, 2 de Mayo. 1808-2008. Un pueblo, una nación', en el Centro de Exposiciones Arte Canal de Madrid. (Foto: EFE)

La Guerra de la Independencia Española es un hecho histórico que marcó el rumbo de la nación. La reafirmación de la libertad y de la soberanía ante las tropas francesas de Napoleón se inició con la rebelión del pueblo madrileño, el 2 de mayo de 1808. Durante todo el año, habrá actividades para conmemorar el Bicentenario por todo el país, pero la agenda para estos días corresponde a la heróica lucha de los madrileños.


Exposiciones

España 1808-1814. La nación en armas:

El Centro Cultural de la Villa de Madrid expondrá hasta el 11 de mayo una muestra que ilustra los principales acontecimientos militares, políticos y sociales que se desarrollaron durante la invasión francesa. En la exposición, que está organizada por el Ministerio de Defensa y la Sociedad Estatal de Conmemoraciones Culturales y comisariada por Juan Francisco Fuentes, el espectador podrá conocer a los grandes protagonistas de la guerra y, al mismo tiempo, las claves que explican su desenlace militar y político.

Miradas sobre la Guerra de la Independencia:

La Biblioteca Nacional es el lugar en el que se han albergado abundantes estampas, dibujos e impresos en los que se informa, exalta, satiriza o critica la Guerra de Independencia. En esta muestra, que estará hasta el 25 de mayo, destaca el grabado de Francisco Goya 'Desastres de la guerra' que da testimonio de la tragedia que afectó a la población. La mayor parte de las obras proceden de las colecciones conservadas en la Biblioteca Nacional, aunque también se exponen estampas procedentes del Museo Nacional del Prado, El British Museum o la Biblioteca Nacional de Francia, entre otros.

Goya en tiempos de Guerra:

Del 15 de abril al 13 de julio podrán ser contempladas casi 200 obras de Francisco de Goya en el Museo del Prado. La exposición refleja 25 años de la vida del artista, que van desde finales del siglo XVIII hasta 1819, año en que pintó su última obra pública: 'La comunión de San José de Calasanz'. En la muestra se han incluido más de 65 pinturas procedentes de otras instituciones y colecciones privadas, como 'Majas al balcón' y 'Retrato de la Marquesa de Montehermoso'.

Madrid 1808:

Del 25 de abril al 19 de octubre, Madrid conmemorará el día en que el pueblo madrileño se levantó contra las tropas napoleónicas. La exposición se distribuye en dos sedes, el Museo de Historia, con el tema 'Guerra y territorio', y Conde Duque, con la muestra 'Ciudad y protagonistas'.

Un pueblo, una nación:

El Canal de Isabel II aborda con este proyecto el levantamiento del pueblo de Madrid. El escritor y académico Arturo Pérez-Reverte es el comisario de esta muestra que sumerge al espectador en un entorno escenográfico que emula la atmósfera de aquellos momentos. La narración de los hechos, que inicia en la actualidad y retrocede en el tiempo, permite a los visitantes ser protagonistas de la Historia.

Antología y motivos del 2 de mayo:

Los personajes, símbolos y leyendas de la rebelión llegan a la Real Casa de la Moneda, en donde se muestran 31 obras inéditas del pintor oscense Jesús Soler. Los cuadros, expuestos hasta el 7 de junio, se centran en los personajes principales del alzamiento, como Espoz y Mina, Manuela Malasaña y el cura Merino.


Artes escénicas

6 Goya 6:

La celebración de la Guerra de la Independencia se llevará a las calles de Madrid con un espectáculo dirigido por Pere Pynol, musicalizado por Carles Santos, y escenificado por La Fura dels Baus, Carles Padrissa y Compañía de danza Sol Picó. El gran evento inicia el 1 de mayo con el preludio, cuando el Prado entrega '6 cuadros' de Goya a la ciudad. A las 18.00 horas, el alcalde, Alberto Ruiz-Gallardón, recibirá las obras para distribuirlas por la ciudad en una caravana. Los cuadros son 'Los fusilamientos del 3 de mayo', 'La carga de los Mamelucos', 'La Maja vestida', 'La Maja desnuda', 'La familia de Carlos IV' y la 'Reina María Luisa a caballo'.[Ver programa en pdf]

Construcción de un puzle gigante:

De las 10 a las 14:00 horas del 2 de mayo, escolares madrileños se reunirán en la Explanada de la Almudena para pintar fragmentos de 'Los fusilamientos del 3 de mayo'. Cada escuela pintará una baldosa que se unirá a las otras como un rompecabezas.

Los amores y desamores de la Maja y la Bestia, con permiso de Manolita Malasaña:

A las 12.00 horas, la Plaza del 2 de mayo será el escenario para que la compañía de la coreógrafa Sol Picó recree un espectáculo de danza contemporánea, basándose en los amores y desamores de la Maja, la Bestia y Manolita Malasaña, recogiendo parte de esta leyenda.

Las bandas son el pueblo de Madrid:

En la Plaza de la Villa, músicos de diferentes bandas de la capital ofrecerán un concierto para percusión y metales a partir de las 18.00 horas. En este escenario se interpretarán las oberturas 'Fanfarria Musical' y '11.509 notas para 2001 músicos', compuestas por Carlos Santos. Después, las bandas saldrán rumbo a la Plaza Mayor para irrumpir en el espectáculo 'La batalla de los mamelucos'.

La batalla de los mamelucos:

A las 19.00 horas, la Plaza Mayor recordará a 'La carga de los mamelucos', con un monumental combate musical entre La Machine, Les Musiciens du Nil y Los Caballos de Menorca. Al conjunto de estas compañías se unirá la banda de músicos madrileños.

Los fusilamientos del 3 de mayo:

Para cerrar con broche de oro el monumental '6 Goya 6', a las 21:30 horas, La Fura actuará por primera vez en las calles de Madrid reinterpretando 'Los fusilamientos del 3 mayo'. El Palacio de Telecomunicaciones, la Casa de América y Cibeles serán los escenarios de este espectáculo de una hora.


Cine

Maratón:

Del 1 al 3 de mayo, el cine estudio del Círculo de Bellas Artes de Madrid realizará un ciclo de películas en torno a la Guerra de la Independencia, con filmes producidos desde 1927 hasta nuestros días. Los horarios van desde las 17:00 horas hasta las 22:00 horas, y habrá cintas como 'El dos de mayo' (1927), 'El mensaje' (1953) y 'Los fantasmas de Goya' (2006). Este maratón también estará en el Centro Cultural Pilar Miró los días 7, 14, 21 y 18 de mayo.


Feria de las Fiestas de la Comunidad

Toros:

Del 1 al 4 de mayo, la Plaza Monumental de Toros de Las Ventas celebrará con la fiesta taurina. Los días 1 y 3 de mayo, habrá novilladas con ganadería de Torres Gallego y Yerbabuena, respectivamente. El 2 y 4 de mayo toca el turno a las corridas de toros, con ganadería de Valdefresno y Fraile Mazas y de San Martín.

Diana Vázquez - http://www.elmundo.es/

Eutanasia: el inicio del largo camino ( I )

Existen indicios más que razonables de que, en los próximos años, la eutanasia será planteada en el seno de la sociedad española como una de las prácticas que no sólo deben ser legalizadas sino incluso consideradas un signo de progreso e incluso un derecho. A decir verdad, en los últimos años se ha intentado crear un ambiente social favorable a semejante paso recurriendo a medidas de propaganda que han pasado por el cine, los debates televisivos e incluso la glorificación política de un médico al que un informe del Colegio de médicos de su provincia señalaba como culpable de mala praxis.

Lejos de tratarse de un debate neutro o de un avance social, estoy personalmente convencido de que la defensa de la eutanasia es sólo una manifestación más de la “cultura de la muerte”, una cosmovisión que no sólo considera que el aborto es un derecho sino que además está empeñada en que la vida pueda también destruirse en sus últimos momentos apelando a falaces argumentos supuestamente humanitarios. En esta entrega y en las siguientes intentaré desgranar la historia de la eutanasia, la manera en que se ha plasmado legalmente hasta el día de hoy y los resultados que se han derivado de esa medida.

La primera obra de relevancia que intentó defender la eutanasia fue un libro publicado en 1920 y titulado El permiso para destruir la vida indigna de ser vivida cuyos autores eran Alfred Hoche, catedrático de psiquiatría en la universidad de Friburgo y Karl Binding, un catedrático de derecho en la universidad de Leipzig.

La tesis de la obra era que los pacientes que pedían “asistencia mortal” debían poder obtenerla de un médico en determinadas condiciones. Hoche y Binding procuraban afinar en la aplicación práctica de sus tesis y sostenían que el permiso para causar la muerte a un paciente debía ser otorgado por un panel formado por tres expertos, que el paciente debía poder retirar cuando quisiera la petición y que no debía perseguirse al médico que llevara a cabo “el homicidio por compasión”.

Sin embargo, a la vez, el médico y el jurista señalaban que en el caso de “cáscaras vacías de seres humanos” ese permiso podía suprimirse y quedar al arbitrio del médico el provocar la muerte. Como ejemplo de esas cáscaras, citaban a enfermos que padecieran un retraso mental, que sufrieran daño cerebral o que padecieran algunas enfermedades psíquicas. Según los autores del libro, la sociedad ahorraría dinero – el que se gastaba en gente que vivía una “vida sin significado” – que podría dedicarse a mejores fines.

El libro causó verdadera sensación y, de hecho, sus tesis pronto se vieron apoyadas por lo que ahora denominaríamos sondeos de opinión. Así, una encuesta realizada en 1920 indicaba que el setenta y tres por ciento de los padres y tutores de niños con una grave incapacidad eran partidarios en Alemania de que se acabara con su vida. Era el inicio porque en breve las tesis fueron asumidas por otras personalidades del mundo de la ciencia, el periodismo e incluso el cine.

La discusión teórica se convirtió en realidad al llegar al poder el Partido nacional-socialista obrero alemán mandado por Adolf Hitler. En honor a la verdad hay que señalar que los nacional-socialistas propugnaban, al menos de cara a la opinión pública, una versión mucho más moderada de la eutanasia.

Así, en agosto de 1933, el ministro de justicia indicó su punto de vista favorable a la eutanasia indicando que permitiría “que los médicos acabaran con las torturas de los pacientes incurables, a petición propia, en interés de la verdadera humanidad”.

Pero una cosa era intentar convencer al pueblo alemán y otra que quedara convencido. En un intento claro de alcanzar ese objetivo, en 1936 se publicó una novela de un médico llamado Helmut Unger en la que se defendía claramente la eutanasia. El argumento era el drama de un médico cuya esposa sufre una esclerosis múltiple. Cuando ella le suplica que le de muerte, el médico acepta. Llevado a juicio, el doctor se enfrenta con los miembros del jurado y les espeta: “Si ustedes fueran inválidos, ¿querrían ser un vegetal para siempre?”. Al final, el jurado absolvía al médico. La historia encajaba como un guante en el plan de eutanasia de Hitler y de manera inmediata se convirtió en una película. De hecho, las SS realizaron una investigación sobre el impacto social de la obra y señalaron que la recepción social había sido muy favorable.

Previamente preparado el terreno, la cuestión era concretar eso en el terreno de lo práctico. La ocasión la proporcionó el caso del “Niño Knauer”. El padre de la criatura –ciego, retrasado y al que le faltaban un brazo y una pierna- se dirigió personalmente a Hitler para suplicarle que se diera muerte a su hijo. Hitler se tomó el asunto con enorme interés hasta el punto de que dio orden de que lo estudiara su médico personal Karl Brandt. En 1938 –hace ahora setenta años- concedió un permiso para practicar la eutanasia al niño. Acababa de pasarse de la teoría a la práctica.

Continuará...

César Vidal Manzanares

Goya em Tempos de Guerra

Fusilamientos del 3 de Mayo

O Museu do Prado, em Madrid, inaugurou no dia 15 de abril uma exposição que reúne obras do pintor espanhol Francisco de Goya com a temática da guerra.

A mostra Goya en Tiempos de Guerra traz cerca de 200 obras produzidas pelo artista entre 1794 e 1819 – período no qual o pintor viveu atormentado por doenças e pelas recordações da invasão napoleônica a Madrid, em 1808.

A exposição, que reúne obras de coleções particulares, é a maior já dedicada a Francisco de Goya no renomado museu espanhol.

Segundo os curadores da mostra, a temática da guerra foi escolhida para a comemoração dos 200 anos da Guerra da Independência, mas também para mexer com a consciência coletiva sobre a violência da guerra.

"Não é uma exposição para passar um momento agradável. Trata-se de uma revisão sobre a violência e sua atualidade. Veremos a um Goya comprometido com a realidade ante o lado mais doloroso do ser humano", descreveu o curador José Manuel Matilla.

Tormento

A etapa em que Goya criou obras inspiradas na guerra coincidiu com duas de suas maiores doenças, uma delas acabou deixando-o surdo, em 1793.
O conflito bélico teria atormentado tanto o pintor, que ele chegou a ser considerado louco.

"Mas alguém com essa capacidade de trabalho não poderia estar louco. Sua loucura estava fora dele, no que estava vivendo", disse a outra curadora da exposição e Chefe de Conservação de Pintura do Século XVIII do Museu do Prado, Manuela Mena.

A produção deste período acabaria também com a fase de "pintor burguês", já que Goya era o artista oficial da realeza espanhola. Os quadros de guerra - alguns encomendados pela própria corte - mostrariam o lado mais profundo e amargo do artista.

Os especialistas do Museu do Prado consideram Francisco de Goya como uma figura ainda pouco reconhecida, se comparado com outros nomes célebres da história.

"Goya é tão importante como Einstein. No entanto, ao contrário do cientista, ele capta a essência do ser humano, e não a da galáxia. É como Michelangelo, já que desconhecemos todo o trabalho que há por trás dessa suposta simplicidade", completou a curadora.

O Museu do Prado restaurou alguns dos quadros especialmente para a exposição, e descobriu assinaturas do pintor que estavam encobertas. Uma delas feita em cima de um punhal caído no chão.

Os dois quadros mais importantes da mostra, chamados "Dias 2 e 3 de maio de 1808" (pintados em 1814), foram retirados do Prado durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

A mostra Goya em tempos de guerra fica em cartaz no Museu do Prado, em Madrid, até o dia 13 de julho.

Vejam algumas obras em exposição:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/pop_galerias/080415_goya_pop.shtml


Museo del Prado:
http://www.museodelprado.es/es/pagina-principal/exposiciones/info/en-el-museo/goya-los-anos-de-la-guerra/

sábado, 26 de abril de 2008

SBB - O Triunfo da América



www.brasilbarroco.com

Verdad y libertad

Entre las enseñanzas que Benedicto XVI ha sembrado durante su viaje apostólico a los Estados Unidos, merece destacarse la reflexión sobre la naturaleza de la verdadera libertad; y aquí «verdadera» debe entenderse como epíteto redundante, pues en efecto no hay libertad sin verdad. Benedicto XVI cada día me encandila más: su pontificado será recordado como un retorno a los fundamentos y manantiales de la fe, cuando el peligro de la mistificación amenazaba con convertir la fe de muchos católicos en un aguachirle mundano y contemporizador con las modas de cada época. Porque, claro, los católicos vivimos en el mundo y corremos el riesgo de contemporizar con sus modas, olvidando aquellas palabras de la Carta a Diogneto, uno de los textos más hermosos del cristianismo primitivo, en donde se nos recuerda que nuestra misión en el mundo es como la del alma en el cuerpo: una misión ardua, a veces desgarradora, porque el alma ama al cuerpo, pero el cuerpo detesta al alma y la rechaza, obligándola a sentirse extranjera. Chesterton escribió que ser católico es la única manera de liberarse de la degradante esclavitud de ser hijos de nuestro tiempo; pero nuestro tiempo nos quiere esclavizados, puestos de hinojos ante lo que nos vende como ideas nuevas (y que, en realidad, no son sino las viejas herejías de siempre, como tambien nos recuerda Chesterton), y la tentación de desistimiento es demasiado fuerte.

Una de esas presuntas ideas nuevas que nuestra época nos vende es la tan cacareada «libertad», enarbolada obsesivamente como talismán redentor del género humano por gentes variopintas que únicamente anhelan la destrucción del género humano. La idea de la libertad se nos presenta como una suerte de panacea para remediar todas las calamidades que afligen al hombre; cuando lo cierto es que más bien es la causa de casi todas ellas, pues lo que nuestra época llama libertad no es sino un sucedáneo enloquecido que convierte a los seres humanos en criaturas débiles, esclavas de sus caprichos y apetencias, arrojadas a un torbellino de contingencias. La libertad que nuestra época nos vende, bajo promesa de convertirnos en soberanos de nuestras decisiones, no es, en fin, sino una forma refinada y extraordinariamente seductora de envilecimiento. La libertad cristiana, por el contrario, sólo nos promete cadenas; pero son cadenas que nos atan a algo permanente, como el naufrago se ata en medio de la tempestad al mástil que lo mantiene a flote.

Benedicto XVI lo ha explicado en Estados Unidos con palabras diáfanas y extraordinaiamente elocuentes: «¿Han notado ustedes que, con frecuencia, se invoca la libertad sin referencia alguna a la verdad de la persona humana? ¿Qué objeto tiene una libertad que, ignorando la verdad, persigue lo que es falso o injusto? ¿A cuántos jóvenes se les ha tendido una mano que, en nombre de la libertad, los ha llevado al consumo de estupefacientes, a la confusión moral o intelectual, a la violencia, a la pérdida del respeto por sí mismos, a la desesperación?». Mientras escribo estas líneas, leo algunos pasajes de un casposísimo folleto gay en el que se exhorta a los jóvenes a «ponerse hasta el culo» de drogas mientras se dan por culo como descosidos: éstas son las flores pútridas de la libertad que ofrece nuestra época, la libertad del náufrago extraviado que en lugar de encadenrse al mástil del barco se entrega al ímpetu del oleaje. El gran Leonardo Castellani, en una de sus gloriosas diatribas contra el liberalismo, escribió: «La verdadera libertad es un estado de obediencia. El hombre se liberta de la corrupción de la carne obedeciendo a la razón, se liberta de la materia sujetándose al perfil diamantino de una forma, se liberta de lo efímero atándose a un estilo, de lo caprichoso adaptándose a los usos; se liberta de su infecundidad solitaria obedeciendo a la vida, y de su misma vida caduca y mortal se liberta, a veces, perdiéndola en obediencia a Aquel que dijo: «Yo soy la Vida». La libertad del cristiano, nos recuerda Benedicto XVI, nace de un descubrimiento feliz: la posibilidad de entender el mundo, la posibilidad de entender nuestro lugar en el mundo y el sentido de nuestra vida a través del encuentro con la verdad de Jesús. Y, cuando ese encuentro se produce, ya no necesitamos que nadie nos venga con la milonga de la libertad y toda su cochambre de flores pútridas.

Juan Manuel de Prada
www.juanmanueldeprada.com

sexta-feira, 25 de abril de 2008

"Atlas" de galáxias em rota de colisão

Imagens foram divulgadas nesta semana pela equipe de cientistas do Hubble (Foto: Divulgação)


A equipe que coordena as atividades do telescópio espacial Hubble divulgou nesta quinta-feira (24) um "atlas" com 59 belas imagens de galáxias colidindo -- é a maior coleção de fotos do instrumento já divulgadas de uma só vez.

Interações entre galáxias são comuns no Universo. Algumas vezes, elas se unem calmamente e acabam gerando uma nova galáxia maior. Em outras, há dramáticas colisões que causam surtos de formações de novas estrelas.

As imagens: http://g1.globo.com/Noticias/0,,GF57346-5603,00.htm

quinta-feira, 24 de abril de 2008

El Auschwitz del S. XXI

Aunque era algo ya conocido ha salido a la luz pública lo que sucedía en las cuatro “Clínicas de los Horrores” del Dr. Morín en Barcelona: abortos de 7 y más meses de gestación; uso de una trituradora industrial para destruir al feto y, aunque parezca grotesco, evitar que los trozos atascaran las cañerías. Aun así, y según ha contado algún testigo, las cañerías se atascaron con los restos humanos y los fontaneros tuvieron que levantar el suelo, desatascar y, supongo, tomar algo para poder dormir esa noche. El detalle lo tenían con los vecinos de las clínicas, pues por lo visto para no hacer ruido a horas intempestivas, guardaban en el congelador los fetos extraídos por la tarde-noche y allí esperaban turno para pasar por la picadora cuando al bullicio anunciaba que la ciudad había despertado.

Parece ser que el detonante que ha obligado a las autoridades a tomar cartas en el asunto ha sido el famoso reportaje con camara oculta de la televisión pública danesa en el que el Dr. Carlos Morín explica a la periodista, que dice estar embarazada de 30 semanas, como le van a practicar la muerte al feto mediante una inyección de digoxina intracardiaca y le facilita el formulario y la forma para que finja que sufre una grave enfermedad mental. Aunque seguro que hay otras razones para que se haya intervenido en este momento que los de a pie no conocemos pues en noviembre de 2002 la revista Época público un número titulado “Así se aborta en España” donde describían algunas de las macabras prácticas de las clínicas del Dr. Morín en Barcelona.

¿Qué han hecho durante estos años la Generalitat de Cataluña, el Ministerio de Sanidad, el Fiscal General del Estado, etc. para defender el primer derecho de todo ser humano que es el derecho a la vida?

Pues han debido mirar para otro lado o quizás han considerado que matar fetos con inyecciones intracardiacas cuando todavía están en el útero, trocearlos con pinzas o bisturí y triturarlos con trituradoras industriales de carne; no merecía su atención y debían ocuparse de otros asuntos, sin duda para ellos más importantes.

¿Alguien les va a pedir responsabilidades por no haber sabido o querido proteger derechos de los más indefensos?.Quizás todavía están a tiempo de hacer algo y así evitar que pensemos que no lo hicieron porque no quisieron; pueden rememorar la historia y recordar que además de Auschwitz desgraciadamente existió Birkenau, Dachau ,etc.

Tengo la impresión de que nuestra sociedad está impotente, quizás aletargada o insensible y también, posiblemente, defraudada con la clase dirigente pues son demasiadas las veces en las que usan frases y palabras bien sonantes sacadas de manuales de práctica política para desviar la atención o manipular la realidad. Casi todo es discutible y a la mejor solución se suele llegar en todos los asuntos escuchando y respetando a todos, pero hay cuestiones como la que nos ocupa que difícilmente no provoca la repulsa de cualquier persona normal.

En el asunto del aborto, que por cierto es hoy más libre en España que en otros países, se suele hablar de los derechos de las mujeres e incluso se hace demagogia con el respeto a su intimidad; pero ¿quién se ha ocupado o se va a ocupar de los derechos y de la intimidad de los seres humanos no nacidos?

Quizás buena parte de la clase política camina hacia ninguna parte pero me gustaría que la sociedad, que somos todos pero en particular los trabajadores y trabajadoras de a pie, fuéramos adquiriendo el hábito del análisis y reflexión personales sobre las cosas que suceden en nuestro país con independencia de cómo intentan vendernos los hechos. Sin duda sería un síntoma de madurez para nuestra sociedad y de alerta para aquellos que pretendieran hacer de la manipulación, tanto del lenguaje como de la realidad, su estrategia.

Desde hace años se intenta quitar carga emotiva y contenido real al aborto haciendo conjeturas sobre el momento en que comienza la vida y se recurre, utilizando el conocimiento científico como escudo, a manipular el lenguaje y las palabras; por ejemplo se habla de preembrión, de no ser persona hasta que se adquieren determinadas características. etc.; pienso que hoy sería largo reflexionar sobre estas cuestiones pero otro día lo haremos.

¿Se tiene miedo a afirmar que el punto de penetración del espermatozoide en el óvulo marca un ecuador que separa las células que dan lugar al feto y las que dan lugar a la placenta determinando desde ese momento el patrón de desarrollo del embrión? Todo lo que sucede a partir de allí esta genética y bioquímicamente determinado y conllevara el desarrollo de un nuevo ser humano, por supuesto, siempre que el Dr. Morín no intervenga.

¿Tenemos miedo a enfrentarnos a la realidad y llamar las cosas por su nombre? ¿Qué es el aborto? ¿Es distinto en la primera semana de gestación que en la semana 30?

Me declaro firmemente solidario y respetuoso con la mujer que necesita ayuda y pueda tener dificultades en estos terrenos. Quizás los que por profesión llevamos toda la vida y todos los días del año ayudando a los demás somos más sensibles a los dramas humanos y por eso nos gustaría que la sociedad reflexionara sobre el drama del aborto y buscara, con valentía y sin apriorismos ideológicos, soluciones que fueran satisfactorias para los derechos de todos.

Dr. Luis Ciprés Casasnovas
Médico Endocrinólogo

Rojos, digo nazis, digo rojos

Sobre mi anterior artículo, Zerolo, por supuesto..., me objetaba Daniel Rodríguez Herrera que le parecía excesivo calificar de nazi a Zapatero, especialmente porque no había mayores razonamientos en el artículo que lo justificaran. En su opinión, semejante comparación banalizaba lo que hicieron los nazis de verdad, pues daba alas al argumento de "qué poca cosa fueron los nazis, si al fin y al cabo son como Zapatero".

Objeción importante. Sin embargo, mirada más de cerca, la comparación "nazis-rojos" se justifica, en primer lugar por sí misma, en cuanto a los crímenes cometidos por unos y otros, y en segundo lugar por relación con ZP. Este personaje se ha declarado rojo, lo cual significa identificarse con el gulag y, en España, con la destrucción de la legalidad republicana y su consecuencia de las chekas (lo escribo con "k" para diferenciarlo de las habitantes de Chequia, que nada tienen que ver). La autoidentificación de ZP no procede de la ignorancia, pues el individuo ha promovido una ley de exaltación de los chekistas (y los etarras). Debido a su idiotez (Albiac dixit, con acierto) y a su frivolidad niñatesca, Zapo parece poco consciente de las implicaciones, pero esa inconsciencia no mejora las cosas, y en la práctica viene a ser lo mismo: así como el Frente Popular demolió la república, él y su gente están demoliendo las bases de la convivencia democrática instaurada en la transición. Lo hacen mezclando la demagogia y la violencia. Y no me refiero solo a sus asaltos a sedes del PP y demás, sino al eje de su estrategia: la legitimación y el premio a los asesinatos de la ETA. La cual coincide con el Gobierno en su decisión de liquidar la legalidad constitucional salida del franquismo, y por ello ilegítima, según los pensadores sociatas y etarras, rojos unos y otros.

Desde luego, nuestros rojos no han llevado su delincuencia hasta los extremos de los nazis en la guerra mundial, ni es probable que las circunstancias internacionales y nacionales se lo permitan, pero la delincuencia nazi no se limitó, ni mucho menos, al Holocausto. En cierto modo Zapo se parece más a los nazis que a los rojos. Estos últimos, como ha observado Stanley Payne, se caracterizaron por sus asaltos directos al poder, mientras que los nazis siguieron una táctica diferente: conseguir el poder legalmente para, desde él, destruir a conciencia las bases de la democracia. Hitler demostró que se podía hacer, y eso es lo que está haciendo el actual Gobierno español.

Por otra parte, naturalmente, no todos los nazis mataron judíos o cometieron crímenes, ni todos los comunistas y socialistas participaron en las chekas. Las gentes se parecen mucho, al margen de los partidos que escojan, y sin duda había y hay, entre los nazis y entre los rojos, muchas de esas que convencionalmente llamamos buenas personas. Con una de ellas, Fernando Jáuregui, autor de una alucinada Crónica del antifranquismo, sostuve el otro día una pequeña discusión delante de Sánchez Dragó para Noches blancas (saldrá a finales de mayo o principios de junio, creo). Alucinada porque, como de costumbre, los comunistas aparecen como los defensores de la libertad. Partiendo de ahí todo es posible, claro.

Jáuregui argüía que él había militado en el PCE y defendido las libertades. Le contesté que podía haber personas que, autoengañándose, lucharan por la paz dentro del partido nazi, puesto que a Hitler la palabra "paz" no se le caía de los labios. Pero ni el partido comunista ni el partido nazi representaban nada parecido a las libertades o a la paz, y somos ya mayorcitos y con experiencia histórica bastante para saber el significado de esas palabras en boca de rojos y de nazis. O debiéramos serlo.

El autor de la crónica afirmó también que el apoyo de los antifranquistas a la ETA había sido un error, porque no habían entendido bien la realidad del grupo terrorista. Le repliqué: los antifranquistas no se ocuparon de la ETA mientras esta no mataba, y la apoyaron con entusiasmo en cuando comenzó a hacerlo y porque lo hacía. La apoyaron porque asesinaba, pues la propaganda antifranquista en general implicaba, en su ataque al franquismo, la justificación de cualquier violencia. Por lo común, los antifranquistas (comunistas sobre todo) no se atrevieron a practicar el terrorismo, debido a la paliza que habían recibido con el maquis, mediante el cual habían intentado resucitar la guerra civil. Por eso les encantaba un grupo que volvía a la carga asesinando. Y siguen encantados, como han dejado claro con su ley de memoria histórica, sus diálogos y su proceso de paz.

La identificación del rojo Zapo con los nazis no está, pues, fuera de lugar. La primera consecuencia de su política, si la sociedad no la detiene a tiempo, será la involución de la democracia actual hacia una democracia bananera y la progresiva anulación de la nación española. Y a partir de ahí, las consecuencias pueden empeorar mucho más. Luego, los causantes argüirán que ellos tenían "muy buenas intenciones".Un pueblo que desconoce su historia se condena a repetir lo peor de ella.

Pío Moa

Zerolo, por supuesto...

Dice Luis María Ansón: "En un país democrático como España puede ser ministro de Defensa un militar o un civil, un hombre o una mujer, un homosexual o una lesbiana, un joven de dieciocho años o un anciano de noventa, un cristiano o un budista, un inmigrante negro nacionalizado o una inmigrante china también nacionalizada. No puede producirse según la Constitución española discriminación alguna por razón de sexo, raza o religión". Sin embargo, añade, "la atención al bien común del ciudadano exige que el ministro de Defensa –hombre o mujer, civil o militar, cristiano o budista, joven o anciano, homosexual o lesbiana, negro o chino– sea competente. En materia tan delicada como la militar se precisa al frente del ministerio a persona con méritos suficientes, con conocimiento de causa reconocido, tal vez con publicaciones sobre la materia".

No me parece muy acertado. Un ministro, en cualquier cargo, no tiene por qué ser competente, de hecho la mayoría de ellos no lo son. Las ministras de Zapatero han demostrado, sin excepción, una fundamental incompetencia (acompañada de una no menos fundamental caradura), y su única excusa es que sus colegas masculinos no les van a la zaga: ¿no fue Bono ministro de Defensa? Ahí sí hay igualdad. En cuanto a los méritos suficientes, suelen depender más de la apreciación del partido y de su baranda que de criterios mínimamente objetivos. Esto ocurre con todos los gobiernos, pero de modo más acentuado con el actual presidente rojo, digo nazi, digo rojo –la confusión es fácil–. Para este personaje son méritos importantes unas demostradas actitudes anti españolas, anti constitucionales y anti militares (y anti franquistas, claro); y la Chacón reúne esos méritos, al igual que los restantes ministros. Cualquiera podría desempeñar el cargo, también Zerolo, por supuesto.

El problema de fondo radica en lo que "puede ser" y lo que "conviene" o "debe ser". Obviamente, un muchacho de 18 años puede ser ministro, y en la historia tenemos casos de personajes muy jóvenes que llegaron a altos cargos y a veces los desempeñaron bien. Hacia esa edad iniciaría Augusto su fulgurante carrera política, en la que demostraría muy pocos escrúpulos, aunque terminara moderándose y concluyendo como el mejor emperador de Roma. Ejemplos nunca faltarán. Pero deducir de ahí que, en general, los muchachos de 18 años pueden gobernar tan bien como personas de más experiencia –aun teniendo en cuenta lo desastrosamente que lo hacen personajes de más edad tipo Zapo– es una burla del sentido común.

En teoría, el Gobierno puede componerse mayoritariamente de budistas o musulmanes, pero eso difícilmente lo admitiría una sociedad que no es budista ni musulmana y no se sentiría representada. También podría gobernar, si reuniera los votos necesarios, un Gobierno fascista o comunista... a condición de que respetase la Constitución, las libertades y la unidad de España, cosa en la práctica muy improbable. De hecho, el presidente rojo, digo nazi, digo rojo (rojo significa de espíritu chequista: véase su ley de memoria histórica), no respeta ninguna de las tres, algo mucho más grave que la ineptitud en los cargos; y se lo está permitiendo, más, facilitando, una oposición complaciente e irrisoria, colaboradora en la delictiva farsa.

Lo mismo vale para el cuento de la igualdad. La igualdad ante la ley no implica otras igualdades, y la mujer, afortunadamente, siempre será distinta del varón, no solo en lo físico, sino por temperamento e inclinaciones. Sin que deje de haber excepciones: ya desde la infancia se aprecian niñas y niños con rasgos de carácter peculiares, unas con afición a los deportes violentos y otros amantes de las muñecas y las casitas. Pero son la excepción que no debe convertirse en regla. Con el mismo cuento de la "igualdad" cabría reivindicar un Gobierno con la proporción de obreros, campesinos, jóvenes o ancianos correspondiente a su proporción social. No es probable que un Gobierno así actuase con mayor irresponsabilidad que el actual, pero la democracia nada tiene que ver con esas igualdades y proporciones.

Pío Moa

Calvin & Haroldo


Calvin & Hobbes (Bill Waterson)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Analise seu computador com Panda Security


O serviço online "Infected or Not", que ajuda internautas a monitorar ameaças virtuais aos computadores ligados à web, ganha versão em português. O anúncio foi feito pela consultoria de segurança Panda Security, responsável pela versão mundial do serviço.

A nova versão brasileira do site http://www.infectedornot.com permite realizar, em alguns minutos, uma varredura no computador em busca de qualquer tipo de programa malicioso (malware) ou software espião (spyware). O serviço, cujo acesso é gratuito, consulta a base de dados do laboratório PandaLabs, com mais de 11 milhões de exemplares de malware já existentes para ajudar usuários de computadores a manter sua segurança digital.

Segundo Eduardo D'Anatona, diretor-executivo da Panda Security Brasil, o serviço é capaz de identificar qualquer tipo de malware porque ele utiliza o conceito "inteligência coletiva", que coleta informação sobre as pragas virtuais procedentes de toda a comunidade de internautas e faz o processamento automatizado destas informações em um dos data centers da Panda, e não nos micros dos usuários.

http://www.pandasecurity.com/infected_or_not/br/

http://www.pandasecurity.com/activescan/index/

http://www.pandasecurity.com/brazil/

O Globo Online

... Y Zola escribió: "J'accuse!"


El 13 de enero de 1898 el periódico L'Aurore publicó una extraordinaria carta abierta de Émile Zola al presidente de la República Francesa acerca del caso Dreyfus, esa parodia de proceso que le valió al absolutamente inocente capitán Alfred Dreyfus una condena de por vida y en solitario en la Isla del Diablo, una colonia penal abominable situada frente a las costas de Sudamérica.

Zola era por aquel entonces el escritor más popular de Francia, y su apasionado alegato en defensa de Dreyfus, que a la vez era una denuncia del tribunal militar que lo condenó y del propio Gobierno francés, a los que acusaba de encubrimiento, cautivó a la nación y obtuvo una amplia resonancia en el mundo entero.

La 808 Gallery de la Universidad de Boston ha expuesto recientemente esa portada de L'Aurore, la más célebre de todas las portadas que el periodismo ha parido, con su aún más célebre titular: "J'accuse!", así como otros documentos y objetos relacionados con dicha historia. La muestra se titulaba "El poder de los prejuicios: el caso Dreyfuss", y contó con el patrocinio de la BU Hillel House y el New Center for Arts & Culture de Boston.

El caso Dreyfus fue el primer proceso legal convertido en espectáculo mediático; con él nació algo que hoy en día damos por sentado: la capacidad de los medios para galvanizar y modelar la opinión pública.

Todo empezó cuando se descubrió una carta en la que se ofrecía a los alemanes secretos militares franceses. Tras una investigación de lo más inepta, el jefe de la Inteligencia militar gala, un antisemita redomado, puso en el disparadero a Dreyfus, el único judío del Estado Mayor. Lo cierto es que el acusado era un ardiente patriota francés que desde niño soñaba con servir a su país vestido de uniforme.

El tribunal condenó a Dreyfus sobre la base de un informe falsificado. En una humillante ceremonia pública de degradación celebrada en la Escuela Militar, le rompieron la espada y le arrancaron los galones. Según el historiador Paul Johnson, mientras Dreyfus proclamaba vehementemente su inocencia, "una turba enorme y excitada comenzó a gritar: '¡Muerte a Dreyfus! ¡Muerte a los judíos!'".

Pocos meses después, el nuevo jefe de la Inteligencia militar dio con el auténtico villano, el mayor Ferdinand Walsin-Esterhazy. Los partidarios de Dreyfus –los dreyfusards– exigieron entonces que se reabriera el caso, pero los oficiales de alto rango, decididos a librar al ejército de la vergüenza, conspiraron para proteger al traidor, por lo que Esterhazy acabó siendo absuelto por un tribunal castrense de lo más grotesco.

Fue entonces que Zola decidió escribir el "J'acusse!".

El caso Dreyfus generó una ola de histeria antisemita, en gran parte alimentada por la prensa. En la exposición de la Universidad de Boston había pósters, titulares de periódico y viñetas que presentaban a los judíos como serpientes, alimañas o estafadores de nariz ganchuda, como una raza despreciable de la que Francia debía verse purgada. Uno de los carteles pedía el voto para un sujeto, Adolphe Willette, que tenía a gala presentarse como "candidato antisemita".

El caso Dreyfus desató la primera gran oleada de antisemitismo político moderno; fue un precedente del terror nazi, que devoraría Europa pocas décadas más tarde.

El artículo de Zola movilizó a los dreyfusards, entre los que se contaban muchos de los principales escritores, artistas y académicos de la época. Aquí nació algo que también hoy se da por sentado: la activa participación de los intelectuales en las controversias que tienen que ver con la cultura y los valores. Para los partidarios de Dreyfus, lo que estaba en juego era la democracia y el Estado de Derecho franceses; los detractores del capitán temían, en cambio, que estuvieran en riesgo la tradición y la estabilidad del país.

La lucha, que se prolongó por espacio de doce años, dividió a la sociedad francesa y transformó irremediablemente el siglo XX.

Finalmente Dreyfus fue liberado, absuelto, rehabilitado; y condecorado, en una ceremonia pública, con la Legión de Honor. Su patriotismo no se resintió. Participó en la I Guerra Mundial y después vivió en un discreto retiro hasta su fallecimiento, en 1935.

Los efectos del caso Dreyfus sobrevivieron al capitán. El antisemitismo conoció la institucionalización, y los anti-dreyfusards acabaron conformando el núcleo profascista del régimen de Vichy. El periodista austríaco Theodor Herzl, luego de asistir, estupefacto, a la degradación de Dreyfus, se puso a escribir El Estado judío, el libro que sentó las bases del sionismo moderno.

De todo lo que puso en marcha el caso Dreyfus, lo que más ha marcado la vida moderna, para bien y para mal, ha sido el influjo de la prensa. Cuando Zola escribió su "J'accuse!", una nueva era echó a andar...

JEFF JACOBY, columnista del Boston Globe.


http://www.dreyfuscase.com/

terça-feira, 22 de abril de 2008

Caso Isabella: a dor da falta de sentido

Tentei não ler sobre a morte de Isabella. Também evitei na época os detalhes do assassinato do menino João Hélio - na minha profissão, há que selecionar horrores. Mas não consegui. Vi o desfecho do caso da menina morta.

A tragédia não é só das vítimas, mas nós também sofremos para entender o mal incompreensível. Cresce aos poucos uma pele de rinoceronte em nossa alma; com o coração mais duro, ficamos mais cínicos, mais passivos diante da crueldade. Como escreveu Oswaldo Giacoia Jr: "O insuportável não é só a dor, mas a falta de sentido da dor, mais ainda, a dor da falta de sentido".

Como entender que um pai e uma madrasta possam ter ferido, estrangulado e atirado uma menininha de 5 anos pela janela? Como entender a cara sólida e cínica que eles ostentam para fingir inocência? Como não demonstram sentimento de culpa algum? Ninguém berra? Ninguém chora?

Como podem querer viver depois disso? Como essa família toda - pais, mães, irmãos - se une na ocultação de um crime? Como o avô pôde dizer com a maior cara-de-pau que, "se meu filho fosse culpado, eu o denunciaria"? Que quer esta gente? Preservar o bom nome da família? Mas, são parentes ou cúmplices?

Como podem os advogados de defesa posar de gravata, terninho e cara limpa, falando de uma "terceira pessoa"? Sei que eles responderiam: "todos tem direito de defesa...", mas como é que eles têm estômago?

A polícia deu um show de bola pericial no caso Isabella, mas dá para sentir que nossa estrutura penal está muito defasada, com este espantoso crescimento da barbárie. Como se pode tolerar que um sujeito que foi condenado na semana passada somente a 13 anos por ter esquartejado a namorada, alegando "legítima defesa", possa ficar em liberdade "até esgotar todos os recursos que a lei prevê" - como disse o STJ?

Como entender que aquele jornalista Pimenta Neves, que premeditou o assassinato da namorada com dois tiros pelas costas e na cabeça, condenado já há seis anos, esteja em liberdade ainda, na boa? E aquele garoto que matou pai e mãe nos Jardins de São Paulo e a família rica conseguiu esconder tudo?

As leis de execução penal têm de ser aceleradas, as punições têm de ser mais temíveis, mais violentas, mais rápidas. Há um crescimento da crueldade acima de qualquer codificação jurídica. Essa lentidão, esse arcaísmo da Justiça é visível não só nos chamados "crimes de classe média", como também na barbárie que galopa nas periferias.

O Elias Maluco - lembram, aquele que matou o Tim Lopes com golpes de espada? - estava em "liberdade condicional", pois a lei concede isso ao "cidadão". Que cidadão? O conceito de cidadania tem de ser revisto.

Cidadania é merecimento. Surgiu na miséria do país uma raça de subumanos, sub-bichos que todos os dias degolam, esquartejam, botam no "microondas", e são "cidadãos" - "tão ligados?" Qual será o nome dessa coisa informe que a miséria está gerando?

É uma mistura de lixo e sangue, uma nova língua de grunhidos, mais além da maldade, uma pura explosão de vingança. Não se trata mais de uma perversão do "humano", mas de uma perversão do "animal" em nós. "Ah... a lei é igual para todos...", dizem os juristas de terno brilhante e bochechas contentes. Sim, tudo bem. Mas há novas formas de crime que têm de ser estudadas e antigos direitos e penas têm de ser revistos.

Os pensadores da Justiça continuam a tratar os crimes como "desvios da norma", praticado por cidadãos iguais. Tem de acabar o tempo dos casuísmos, das leniências, das chicanas. Vivemos trancados num racionalismo impotente diante desse bucho indomável da miséria, do "alien" que se forma como um monstro boçal nas ruas e periferias. Com o congestionamento de fatos tragicamente insolúveis, no beco sem saída da sociedade, vejo se formar um desejo crescente pelo horror, pela crueldade, quase que uma fome de catástrofe.

Não falo dos analfabetos desvalidos e loucos, mas os assassinos de classe média já têm o prazer perverso de fazer o inominável. E esse casal de pedra, esses monstros? Será que vão se defender em liberdade, esgotando "todos os recursos da lei", como o esquartejadorcom "justa causa" ou o assassino daquela menina morta pelas costas, livre e solto? Serão condenados a dez aninhos com atenuantes e macetes?

Que acontecerá com eles, depois de estrangularem e jogarem a filha pela janela? A lei tem de ser mais temida, mas rápida, mais cruel. Esse vazio da Justiça explica o sucesso de filmes como "Tropa de Elite" e até fantasias de linchamento em todos nós. Vejam as portas da cadeia onde estavam os dois assassinos.

E, por fim, por que tantos crimes contra as crianças? O caso do João Hélio, crianças decapitadas na Febem, criança jogada em lagoa em Minas Gerais, crianças no lixão, aquela psicopata em Goiás, que contratava meninas pobres para torturar, e mais: pedofilia, espancamentos, tudo... As crianças são fontes inconscientes de terror, de Herodes a Édipo e Moisés.

O rei Agamenon matou sua filha Ifigênia para ter tempo bom em uma guerra... Que dizem os antropólogos dos rituais de matança de inocentes, como foi em nossa terra, Pedra Bonita, que ficou vermelha do sangue?

Em sociedades primitivas, o sacrifício de animais e o sangue de inocentes servem para afastar doença, prever o futuro, saciando o ódio dos deuses. Será que matam nessas crianças de hoje o horror a um futuro que não há mais?

Lamentamos uma harmonia ainda insistente e almejamos que ela seja alcançada. É tão inútil usar as palavras racionalmente, diante da brutalidade deste "outro país" do crime e da miséria, que caio em desânimo: que adianta ficar os últimos 17 anos escrevendo em nome da "razão"? E perguntamos, horrorizados: "Por que eles fizeram aquilo?" Resposta: "Por nada..."

Arnaldo Jabor

La guerra civil de Europa

¿Debería haber mencionado el propuesto Tratado Constitucional para Europa las raíces cristianas del continente? Evidentemente, esas raíces avergüenzan a muchos europeos. Pero, ¿por qué se sienten los europeos más felices cuando se refieren al papel de las antiguas Grecia y Roma que al de la Iglesia en la formación de su cultura? La respuesta puede encontrarse en el modo en que se ha entendido -y malentendido- el laicismo en Europa.

Las actitudes hacia el laicismo se forjaron con el anticlericalismo de los siglos XVIII y XIX. La Revolución Francesa, en particular, tuvo un efecto decisivo en ellas. Creó dos bandos hostiles. Por un lado, estaban los seguidores de Voltaire, que pretendían écraser l´infâme [aplastar la inmundicia], que es como describían a la Iglesia. Por otro, estaban aquellos que veían la separación de Iglesia y Estado como una insurrección contra Dios.

Como es lógico, los últimos 100 años han disimulado la hostilidad entre ambos bandos. El religioso ha acabado por aceptar las libertades civiles y el pluralismo religioso. Los anticlericales -con la excepción de los marxistas de línea dura y escritores como Richard Dawkins- han abandonado sus esfuerzos por erradicar las creencias religiosas.

Pero el viejo antagonismo sigue latiendo bajo la superficie. La reacción visceral de la izquierda francesa ante la perspectiva de reconocer las raíces cristianas de Europa tiene su equivalente en gran parte de la retórica con la que la Iglesia condena el aumento de un laicismo «sin dios». Ni siquiera Benedicto XVI, el Papa más inteligente y erudito en mucho tiempo, se libra de este hábito. Recientemente llamó a un entendimiento entre las religiones para combatir el laicismo.

Ésta es la «guerra civil» no declarada de Europa. Y es tan trágica como innecesaria. Es trágica porque, al identificarse el laicismo europeo con la ausencia de fe y el materialismo, se priva a Europa de una autoridad moral, con lo cual se sigue el juego a los que están impacientes por retratar Europa como decadente y sin creencias. Es innecesaria porque se basa en un malentendido acerca de la naturaleza del laicismo.

Bien entendido, el laicismo puede verse como uno de los logros más nobles de Europa, el logro que debería representar su contribución principal a la creación de un orden mundial, mientras que las diferentes creencias religiosas siguen compitiendo por conseguir adeptos.

¿Cuál es la clave del laicismo? La clave es que la creencia en una igualdad subyacente o moral de los humanos implica que hay un ámbito en el que cada individuo debería ser libre para tomar sus propias decisiones, un ámbito de la conciencia y de la libertad de acción. Esa creencia se resume en el valor central del liberalismo clásico, o sea, el compromiso con la «libertad para todos».

¿Significa esto indiferencia o ausencia de fe? Ni mucho menos. Se basa en la creencia firme de que el ser humano supone ser un agente racional y moral, tener la libertad de elegir con responsabilidad nuestras propias acciones. Hace hincapié en la conciencia en lugar de en el cumplimiento «ciego» de las reglas. Une los derechos con las obligaciones hacia los demás. Ésta es también la idea moral central e igualitaria del cristianismo. Surge del contraste que establece San Pablo entre la «libertad cristiana» y la obediencia a la ley judía. La imposición de la fe, para San Pablo y muchos de los primeros cristianos, era una contradicción de términos.
Sorprendentemente, en sus primeros siglos, el cristianismo se extendió por medio de la persuasión y no por la fuerza de las armas, al contrario que la expansión inicial del Islam.

Cuando se sitúa en este contexto, el laicismo no significa ausencia de fe o indiferencia. No carece de contenido moral, ni de un marco neutral o «libre de valores», como a veces da a entender el lenguaje de las ciencias sociales contemporáneas. Más bien, el secularismo identifica las condiciones en las que se deberían formar y defender las creencias auténticas. Proporciona una puerta de entrada a las creencias que merecen llamarse tales, y hace posible la distinción entre convicción interior y conformidad exterior.

Y esto no sólo es una interpretación hipotética del laicismo. Es el modo en que el laicismo se ha entendido desde siempre en Estados Unidos. Se ha entendido como una condición necesaria para la fe auténtica que presupone el cristianismo. En claro contraste con los puntos de vista formados por la «guerra civil» en Europa, el laicismo en EE.UU. se ha identificado con las intuiciones morales generadas por el cristianismo.

¿Por qué no ha sido ésta la idea en Europa? Durante siglos, una Iglesia privilegiada y monolítica, que casi era inseparable de la sociedad aristocrática, enfrentaba a los europeos. Así que la Iglesia se asociaba a la jerarquía social y a la coacción, y a la desigualdad de derechos y condiciones, más que con la igualdad moral que, de hecho, constituye la base de sus creencias.

La consecuencia fue una especie de incoherencia moral, muy acusada en la Europa católica en especial. La gente de mentalidad religiosa luchaba contra la reivindicación de libertad civil porque ponía en peligro a la Iglesia, mientras que los que defendían la libertad consideraban a la Iglesia su enemiga. Ninguno de los dos bandos logró apreciar hasta qué punto fomentar el laicismo equivalía a volver las intuiciones morales generadas por el cristianismo contra el papel privilegiado y coercitivo de la Iglesia.

En cambio, en Estados Unidos, la carencia tanto de una Iglesia monolítica como de una aristocracia significó que los estadounidenses comprendieron casi instintivamente la equidistancia moral entre el laicismo, con su libertad civil, y el cristianismo. Hoy en día, también los analistas musulmanes perciben a veces esa equidistancia cuando hablan del «laicismo cristiano».

¿Qué pasará con lo que yo he denominado «guerra civil» ahora que Europa se enfrenta al desafío del Islam? ¿Llegarán a comprender mejor los europeos la lógica moral que une cristianismo con libertad civil? Es importante que lo hagan si quieren refutar el argumento de que el laicismo europeo es una forma de ausencia de fe o de indiferencia. La percepción que tienen de sí mismos está en juego. Si los europeos entienden el laicismo solamente en los términos defendidos por sus detractores -como consumismo, materialismo y amoralidad- perderán contacto con las intuiciones morales generadas por su tradición. Olvidarán por qué valoran la libertad.

¿Y qué pasa con Estados Unidos? No hay margen para la complacencia. El rápido crecimiento del fundamentalismo cristiano -en parte como reacción a la amenaza del Islam radical- puede poner en peligro la tradicional interpretación estadounidense del laicismo como encarnación de las intuiciones morales cristianas. Sobre todo en los estados occidentales y meridionales, los cristianos «renacidos» empiezan a identificar el laicismo como su enemigo, más que como su aliado. En su lucha contra los anticonceptivos, el aborto y la homosexualidad, se arriesgan a perder contacto con la idea moral más profunda de su fe. Si se puede contraponer el bien y el mal con tanta facilidad, la caridad sale perdiendo. Se pone en peligro el principio de libertad para todos.

Éste es un momento extraño e inquietante en la historia de Occidente. A menudo se tiene la impresión de que los europeos -alejados de las raíces de sus tradiciones- carecen de convicción, mientras que los estadounidenses podrían acabar sucumbiendo a una versión simplista de su fe. Actualmente, en ninguno de los dos lados del Atlántico se entiende cabalmente la relación entre laicismo y cristianismo.

Larry Siedentop, Historiador
 
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