domingo, 6 de abril de 2008

Charlton Heston, a épica do Hollywood dourado



O ator Charlton Heston, ganhador do Oscar e notabilizado por papéis épicos no cinema, como o de Moisés, morreu neste sábado aos 84 anos, informou sua família. Heston, que era reconhecido ativista político e foi presidente da influente Associação Nacional do Rifle, um forte grupo lobista dos Estados Unidos, morreu em casa em Beverly Hills, ao lado da mulher Lydia.O ator, que ganhou em 1959 o Oscar de melhor ator por seu desempenho em "Ben Hur", anunciou em 2002 que estava sofrendo com mal de Alzheimer.

- Devo ter coragem e resignação em igual medida - disse o ator na época, quando se viu obrigado a fechar definitivamente as portas ao cinema e a toda atividade pública à frente da Associação Nacional do Rifle.

Durante a longa carreira cinematográfica e televisiva, o ator interpretou papéis históricos como Michelangelo, El Cid, Moisés e o cardeal Richelieu desde 1950. A voz profunda e o rostro sóbrio de Heston permitiram à Hollywood dos anos 50 reviver esses personagens.

O ator, que ganhou em 1959 o Oscar de melhor ator por seu desempenho em "Ben Hur", anunciou em 2002 que estava sofrendo com mal de Alzheimer.

- Devo ter coragem e resignação em igual medida - disse o ator na época, quando se viu obrigado a fechar definitivamente as portas ao cinema e a toda atividade pública à frente da Associação Nacional do Rifle.

Durante a longa carreira cinematográfica e televisiva, o ator interpretou papéis históricos como Michelangelo, El Cid, Moisés e o cardeal Richelieu desde 1950. A voz profunda e o rostro sóbrio de Heston permitiram à Hollywood dos anos 50 reviver esses personagens.


Carreira

John Charlton Carter, como era seu verdadeiro nome, nasceu em Evanston, Illinois, no dia 4 de outubro de 1924, e desde pequeno amava o teatro, o que o levou a se inscrever em cursos de teatro na Universidade, onde conheceu sua esposa Lydia Marie Clarke, com quem teve dois filhos.

Com ela, interpretou várias obras de teatro, e mais tarde protagonizou, em 1948, a obra de Shakespeare "Antônio e Cleópatra", que lhe proporcionou grande sucesso durante dois anos.

Heston foi contratado para interpretar o papel de Marco Antônio no filme "Julius Caesar" (1949), dirigido por David Bradley, que lhe abriu o caminho ao estrelato. Ele já havia trabalhado com este mesmo diretor em "Peer Gynt" (1942).

A partir daí, sua carreira decolou e realizou dezenas de filmes, entre eles "O maior espetáculo da Terra" ("The greatest show on earth" - 1951), de Cecil B. DeMille; "A selva nua " ("The Naked Jungle" - 1954), de Byron Haskin; "O segredo dos incas" ("The secret of the Incas" - 1954), de J. Hopper; "Aventura sangrenta " ("Far horizons" - 1955), "Os dez mandamentos" ("The ten commandments" - 1956), de C. B. DeMille, e "A marca da maldade" ("Touch of Evil" - 1958), de Orson Welles.

Conquistou o Oscar de melhor ator por seu trabalho em "Ben Hur" em 1960, ainda que sempre dissesse dar mais valor à qualificação de "Melhor marido de Hollywood".

Dois anos depois, em 1961, protagonizou o filme "El Cid", de Anthony Mann, junto com Sophia Loren.

Sua filmografia durante os anos 60 se completa com filmes como "55 dias em Peking" ("55 Days at Peking" - 1963) - com Ava Gardner -, "Agonia e êxtase" ("The agony and the ecstasy" - 1965) - baseado no romance de Irving Stone e no qual encarnou o papel de Michelangelo -, "O senhor da guerra" ("The war Lord" - 1965) - ambientado na Normandia do século XI -, "Khartoum" (1966) - junto a sir Laurence Olivier -, e "O planeta dos macacos" ("The planet of de apes" - 1968).

A estes, seguiram outros papéis históricos, com "O senhor das ilhas" ("The Hawaiians" - 1970) - sobre um magnata de plantações no Havaí -, e "À sombra das pirâmides" ("Antony and Cleopatra" - 1973).

Também trabalhou em "Os três mosqueteiros" ("The three musketeers" - 1974) - em que fez o cardeal Richelieu -, "Aeroporto 75" ("Airport 1975" - 1974), "Terremoto" ("Earthquake" - 1974) - com Ava Gardner -, entre outros filmes.

Junto com sua figura artística, que se completa com outras 70 obras de teatro e seis livros, Heston também teve uma forte faceta política, sendo conhecido como o último bastião dos conservadores em Hollywood.

Além de ser um republicano ferrenho, foi um firme defensor do uso das armas, como demonstrou na Associação Nacional do Rifle, que presidiu durante anos.

Agência EFE

Um comentário:

Anônimo disse...

El Cid, 55 días, Los Tres Mosqueteros, Antonio y Cleopatra, rodadas en España

 
Locations of visitors to this page