quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ayrton Senna - 14 anos de saudade

"Correr, competir, eu levo isso no sangue, é parte da minha vida."

Ayrton Senna (São Paulo, 21 de março de 1960 — Bolonha, Itália, 1 de maio de 1994)


Sobre a Vitória: "Ganhar é como uma droga, pelo menos, é isso que eu acho. As sensações, o prazer que tenho quando ganho - é isso que me faz continuar".

Ficar em Segundo Lugar: "Não consigo, em circunstância alguma, justificar ficar em segundo ou terceiro lugar, sabendo de antemão que se fazendo o que deveria ser feito. Sim, é verdade que pode haver uma eventualidade em que alguém consegue melhores resultados porque estamos um pouco mal preparados. Mas, quando se tem muito tempo para fazer o nosso trabalho, e para nos prepararmos convenientemente então é uma situação que não aceito facilmente".

A Mente do Piloto: "Uma coisa que acontece nas nossas vidas como pilotos, é que fazemos muitas coisas num curto período de tempo. Então temos de viver de forma muito intensa. E, ao viver muito intensamente, as coisas andam muito rápido, tudo acontece muito rápido. E a dificuldade está em fazer sempre tudo bem".

Empenho: "Num meio tão competitivo, empenho é essencial. Empenho - ou se tem ou não se tem. Mas, com certeza tem que se ter empenho perto dos cem por cento, ou dos noventa por cento, ou mesmo perto dos oitenta por cento. É uma questão de carácter, de personalidade, de alvo, de desejo de se conseguir algo, acreditar naquilo que se faz, como se gostaria de realizar as expectativas, os sonhos. Isto não é apenas diferente de pessoa para pessoa, varia também de dia para dia".

Emoções de um piloto de F1: "A vida seria muito chata sem sensações, sem emoções. E há sensações que só nós podemos experimentar. Na nossa profissão, temos os carros, temos os chefes de equipe, temos toda uma série de pessoas que fazem parte do nosso meio. Mas, naturalmente, o interesse principal está na personalidade do profissional que conduz o carro. é uma profissão única e privilegiada, mas é também cheia de tensões".

"Ganhar, bater um recorde, perder, passar uma curva a uma velocidade que poucos segundos antes julgávamos impossível, falhar, sentir-se com sorte, sentir raiva, entusiasmo, tensão ou dor - só nós é que podemos ter esta sensação em toda a sua intensidade."

"Ninguém mais consegue, considerando que, na nossa profissão, lidamos muito com o ego , com o perigo, com a nossa saúde, não dia após dia, mês após mês ou ano após ano, mas segundo após segundo. É uma experiência única".

Sobre o Casamento: "Uma das coisas a que dedicarei o meu tempo no futuro. Será o aumento da minha família, com uma mulher e filhos. Acontece na vida de todos".

Sobre os fãs: "Nós entramos em milhões de casas, pela televisão e as pessoas sentem que estão perto de nós. Mas, ao mesmo tempo estão longe, muito longe. Elas não fazem a mínima idéia do que somos na realidade. Sonham em assistir às corridas ao vivo ou em verem um de nós, e provavelmente se tivessem oportunidade veriam que somos apenas pessoas, que não há nada de mágico".

Sobre companheiros de equipe: "O único com quem tive problemas foi com o Alain Prost. Com os outros tivemos algumas diferenças de opinião, mas sempre nos respeitamos. Tive como outros companheiros, Berger, Andretti, Hakkinen, Elio de Angelis, Johnny Dumfries, Nakajima. Quando olho para trás, vejo que sempre me dei bem com todos eles, exceto com um.

Sobre a Reconciliação com Prost em Adelaide 93: "Com todas as diferenças, os problemas que tivemos, somos ambos homens do desporto, ambos Campeões Mundiais, ambos adoramos correr. Penso que o que aconteceu, deve ser deixado como está. Demonstrou os meus sentimentos e os dele também. A reconciliação foi algo que só foi possível naquele momento".

Religião e Vulnerabilidade: "É uma realidade na minha vida. Acho que, para os que compreendem e apreciam isto e para os que a olham de forma positiva e construtiva, é qualquer coisa que vale a pena. Não interessa o número de vezes em que tentamos e as pessoas a usam de maneira diferente, mesmo para nos magoarem. Há sempre um preço a pagar, mas eles estão a pagar um preço muito mais alto sem saberem o que estão a fazer."

"É difícil, assustador, incomoda falar sobre coisas pessoais, particularmente sobre Deus, porque não se fala sobre Deus a cada momento e em toda a parte. É muito complicado, mas eu tento falar daquilo que experimento e sinto para algumas pessoas, esperando que compreendam e apreciem. Se estou certo ou errado, os outros que decidam. Mas, pelo menos, devem respeitar o que sinto".

"Magoa-me que pensem que, por eu acreditar em Deus, sinto que sou imbatível ou mesmo imortal. O que eu disse, é que Deus me dá força, e que a vida foi um presente Seu, que temos de tratar com muito cuidado".

Sobre o Diálogo com Deus: "Quando se lê a Bíblia, Ele fala conosco. É ainda mais forte do que se tivermos uma pessoa na nossa frente a falar conosco. Isto não me aconteceu só uma vez, acontece-me muitas vezes".


http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Motor/0,,MUL449102-1311,00.html

http://senna.globo.com/

Instituto Ayrton Senna - http://www.ayrton-senna.com/

http://www.sportmania.com.br/senna/index.htm

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