Cientistas conseguiram realizar, em laboratório, o que parecia impossível: arrancar o material genético do vírus HIV de células humanas infectadas por ele. Se o achado puder ser repetido em pessoas com Aids, a maior barreira para a cura definitiva da doença terá sido removida.
A descoberta está descrita na edição desta semana da revista "Science" (http://www.sciencemag.org/), a mais prestigiosa publicação científica dos Estados Unidos. A equipe liderada por Indrani Sarkar, do Instituto Max Planck de Biologia Molecular, Celular e Genética (Alemanha), usou como base uma espécie de "tesoura química", do grupo de proteínas conhecidas como recombinases. Esse picotador biológico normalmente serve para cortar DNA em bactérias.
Eles adotaram essa estratégia porque o vírus da Aids, uma vez dentro das células que infecta, é praticamente irremovível. O que acontece é que o vírus consegue se integrar ao DNA da célula humana: mesmo que sua forma ativa seja destruída pelos tratamentos atuais, ele continua lá dentro, pronto a se multiplicar quando a célula que o abriga se reproduzir.
As recombinases de bactérias poderiam ajudar no contra-ataque "recortando" o HIV dos trechos de DNA onde se instala, mas para isso seria preciso modificá-las. É que substâncias desse tipo têm sua ação guiada por alguns pedaços específicos de DNA, que dizem onde ela deve cortar - uma espécie de linha pontilhada.
Sarkar e companhia deram um jeito nisso forçando "gerações" de recombinase a evoluir no tubo de ensaio, selecionando sempre as mais adequadas para lidar com o desafio de picotar o HIV. Depois, as melhores foram submetidas ao teste de arrancar o vírus do interior de uma colônia de células humanas, também em laboratório, e se saíram bem.
No entanto, ainda é muito cedo para dizer se o mesmo valerá para um ser humano vivo, infectado com o vírus. Para Alan Engelman, pesquisador do Instituto do Câncer Dana-Faber, em Boston (EUA), a recombinase de laboratório precisa se tornar muito mais eficiente do que é hoje para lidar com a grande quantidade de vírus da Aids "integrados" no DNA dos soropositivos.
A descoberta está descrita na edição desta semana da revista "Science" (http://www.sciencemag.org/), a mais prestigiosa publicação científica dos Estados Unidos. A equipe liderada por Indrani Sarkar, do Instituto Max Planck de Biologia Molecular, Celular e Genética (Alemanha), usou como base uma espécie de "tesoura química", do grupo de proteínas conhecidas como recombinases. Esse picotador biológico normalmente serve para cortar DNA em bactérias.
Eles adotaram essa estratégia porque o vírus da Aids, uma vez dentro das células que infecta, é praticamente irremovível. O que acontece é que o vírus consegue se integrar ao DNA da célula humana: mesmo que sua forma ativa seja destruída pelos tratamentos atuais, ele continua lá dentro, pronto a se multiplicar quando a célula que o abriga se reproduzir.
As recombinases de bactérias poderiam ajudar no contra-ataque "recortando" o HIV dos trechos de DNA onde se instala, mas para isso seria preciso modificá-las. É que substâncias desse tipo têm sua ação guiada por alguns pedaços específicos de DNA, que dizem onde ela deve cortar - uma espécie de linha pontilhada.
Sarkar e companhia deram um jeito nisso forçando "gerações" de recombinase a evoluir no tubo de ensaio, selecionando sempre as mais adequadas para lidar com o desafio de picotar o HIV. Depois, as melhores foram submetidas ao teste de arrancar o vírus do interior de uma colônia de células humanas, também em laboratório, e se saíram bem.
No entanto, ainda é muito cedo para dizer se o mesmo valerá para um ser humano vivo, infectado com o vírus. Para Alan Engelman, pesquisador do Instituto do Câncer Dana-Faber, em Boston (EUA), a recombinase de laboratório precisa se tornar muito mais eficiente do que é hoje para lidar com a grande quantidade de vírus da Aids "integrados" no DNA dos soropositivos.
G1
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