Imagem mostra detalhe da superfície solar (Foto: Divulgação)
O satélite japonês Hinode desvendou muitos mistérios do Sol, entre eles os que envolvem seu campo magnético e as tempestades de vento solar que provocam interferências nas comunicações da Terra, segundo revelaram dez relatórios divulgados nesta quinta-feira (6) pela revista "Science".
Os dados científicos proporcionados pela Hinode ("Aurora", em japonês) ajudarão a explicar as enormes diferenças de temperatura que existem entre a superfície relativamente fria do Sol e sua candente atmosfera.
Também servirão para elucidar a origem dos ventos solares que se deslocam pelo vazio cósmico e alteram a atmosfera de nosso planeta, informaram os cientistas que participaram dos estudos.
Essas alterações são responsáveis pelos fenômenos que os cientistas classificam como o "clima espacial" que permanentemente ameaça as telecomunicações, os sistemas de navegação e as redes de provisão elétrica da Terra.
Um dos resultados considerados de grande importância da missão do satélite japonês que conta com telescópios da Nasa foi o descobrimento de um tipo de onda magnética que se desloca pelo plasma solar.
A existência dessas ondas tinha sido prevista pelo físico sueco Hannes Alfven, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1970.
"Até agora tinha sido impossível observar as ondas devido à resolução limitada dos instrumentos disponíveis", declarou Alexei Pevtsov, cientista do programa.
O Hinode foi colocado em órbita terrestre em setembro de 2006 e ocupa uma posição que o mantém de forma permanente frente ao Sol.
Para suas observações utiliza espectrômetros que investigam a estrela por meio de imagens ópticas.
Esses dispositivos permitem que os cientistas captem imagens de alta resolução que mostram as estruturas e os campos magnéticos no interior do plasma solar.
A missão do satélite Hinode é dirigida pela Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão, que conta com colaboração da Agência Espacial Européia (ESA), da Nasa (agência espacial americana) e do Conselho de Ciência e Tecnologia do Reino Unido.
Agência EFE
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