A costura no lenço do quadro "As Meninas", de Velázquez, detalhes escondidos no "Jardim das Delícias", de Bosco, lágrimas quase imperceptíveis de São João em "A Descida da Cruz", de Roger van der Weyden, ou a abelha que posa em uma flor em "As Três Graças", de Rubens, se tornam visíveis. Outra das telas que pode ser vista em toda a sua dimensão é "O Imperador Carlos V, a cavalo, em Mühlberg", de Tiziano.
Completam a lista das quatorze obras primas "A Crucificação" de Juan de Flandes; "O cavaleiro com a mão no peito", de El Greco; "O sonho de Jacob", de Ribera; "O 3 de maio", de Goya; "A Anunciação", de Fra Angelico; "O Cardeal", de Rafael; "A Imaculada Concepção", de Tiepolo; "Autorretrato", de Durero, e "Artemisa", de Rembrandt.
O trabalho começou a ser feito em maio do ano passado e se estendeu até dezembro. Ele consistiu em dividir as pinturas em pequenas partes, tirar fotografias em alta resolução dessas partes e montar um grande quebra-cabeças. No total, mais de 8.200 fotografias foram usadas. As imagens podem ser vistas clicando no prédio do Museu do Prado pelo Google Earth.
A seleção foi feita de modo a incluir obras consideradas imprescindíveis do ponto de vista didático e que representam as escolas presentes na coleção do museu, de acordo com o diretor do Prado, Miguel Zugaza.
Apesar das imagens não substituírem a experiência de se ver as obras ao vivo, "o nível de excelência do trabalho leva as obras a um nível universal e permite que se chegue a detalhes inalcançáveis a olho nu", afirma Zugaza. O diretor do Prado defende ainda que não há melhor maneira de render tributo aos mestres da arte do que universalizar suas obras.
A precisão das imagens permite "observar até mesmo detalhes das restaurações, assim como experimentar um prazer extraordinário de contemplar cada um dos fragmentos de uma obra da complexidade de um 'Jardim das Delícias'" diz Zugaza.
O projeto, único no mundo, como recorda Javier Rodríguez Zapatero, diretor do Google Espanha, "é um avanço a mais na democratização do acesso a informação e cultura, neste caso levando a arte a todo o mundo".
A iniciativa não teve nenhum custo para o Museu e pode ser ampliada dependendo da acolhida que tiver. Ela permite que se vejam as imagens com uma precisão 1.400 vezes superior a que se teria com uma câmera digital de 10 megapixels.
O Globo Digital
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