Na condição de presidente da ABL, Machado escreve em 24/12/1903 uma carta de boas-vindas a Euclydes da Cunha, eleito para integrar a instituição. Diz: “Não é mister dizer-lhe o prazer que tivemos na sua eleição para a Academia, e pela alta votação que lhe coube, tão merecida”
Uma pequena seleção de pensamentos do escritor:
“Venha, venha o voto feminino; eu o desejo, não somente porque é idéia de publicistas notáveis, mas porque é um elemento estético nas eleições, onde não há estética” (HISTÓRIA DE 15 DIAS, ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA, 1O DE ABRIL DE 1877)
“Venha, venha o voto feminino; eu o desejo, não somente porque é idéia de publicistas notáveis, mas porque é um elemento estético nas eleições, onde não há estética” (HISTÓRIA DE 15 DIAS, ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA, 1O DE ABRIL DE 1877)
“Seria fácil provar que o Brasil é mais uma oligarquia absoluta do que uma monarquia constitucional” (IMPRENSA FLUMINENSE, 20 DE MAIO DE 1888, MACHADO ELABORA A FRASE USANDO EXPRESSÕES ALEMÃS: “KONSTITUTIONELLE MONARCHIE” E “ABSOLUTE OLIGARCHIE”)
“Quem nasceu no alto-mar, faça-se eleger pelos tubarões” (SOBRE O FEDERALISMO, EM BONS DIAS!, GAZETA DE NOTÍCIAS, 29 DE JUNHO DE 1888)
“Quem pode impedir que o povo queira ser mal governado? É um direito anterior e superior a todas as leis” (A SEMANA, 6 DE JANEIRO DE 1895)
“Bem diz o Ecclesiastes: Algumas vezes tem o homem domínio sobre outro homem para desgraça sua. O melhor de tudo, acrescento eu, é possuir-se a gente a si mesmo” (SOBRE A ESCRAVIDÃO, BONS DIAS!, 27 DE DEZEMBRO DE 1888)
“A moral não condena a saída do dinheiro de uma algibeira para outra, é a economia política que o exige” (A SEMANA, 2 DE JULHO DE 1893)
“O espiritismo é uma fábrica de idiotas e não pode subsistir” (BONS DIAS!, 7 DE JUNHO DE 1889)
“(...) todas as crenças se confundem neste fim de século sem elas” (A SEMANA, 19 DE MARÇO DE 1893)
“É melhor cair das nuvens do que do terceiro andar” (MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS)
“Os adjetivos passam, e os substantivos ficam” (BALAS DE ESTALO, 16/5/1885)
“Um dia, quando já não houver império britânico, nem república norte-americana, haverá Shakespeare; quando se não falar inglês, falar-se-á Shakespeare” (A SEMANA, 26/4/1896)
“As palavras têm sexo (...) Amam-se umas às outras. E casam-se. O casamento delas é o que chamamos estilo” (O CÔNEGO OU A METAFÍSICA DO ESTILO, EM VÁRIAS HISTÓRIAS)
Revista Época. Edição 541 - 29/09/2008
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