sábado, 28 de junho de 2008

Um teste para cardíaco

19 de junho, Gotemburgo: Brasil 1 x 0 País de Gales

O primeiro choque eliminatório da seleção na Suécia foi de altíssima tensão. O embate de quartas-de-final contra os galeses poderia significar a volta para casa e uma nova decepção. A importância da partida deixou a equipe e a torcida com os nervos à flor da pele. Para complicar ainda mais a situação, o escrete se via outra vez diante de uma muralha britânica. Assim como o inglês McDonald, o galês Kelsey parecia ser feito de borracha. Fez mais de vinte defesas na partida, contra duas ou três de Gilmar. O que não quer dizer que o Brasil não passou sustos: Allchurch chegou a acertar a trave de Gilmar. O Brasil também saiu de campo inconformado com a arbitragem de Friedrich Seipelt. O homem de preto, austríaco, deixou de anotar dois pênaltis escandalosos - e depois ainda anulou um golaço de bicicleta de Mazzola (menos distraído com as liras italianas e de volta ao time por causa de uma lesão de Vavá). O Brasil seguiu adiante na Copa graças a Pelé, que marcou seu primeiro tento no Mundial. Anotado o gol, o guri genial agarrou-se ao esférico no fundo das redes enquanto era abraçado pelos companheiros. Faltavam dois jogos para o Brasil conquistar o mundo.

Brasil: Gilmar; De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Mazzola, Pelé e Zagallo (Técnico: Vicente Feola)

País de Gales: Kelsey; Williams e Hopkins; Sullivan, Mel Charles e Bowen; Medwin, Hewitt, Webster, Allchurch e Jones (Técnico: Jimmy Murphy)

Local: Estádio Nya Ullevi (Gotemburgo)

Público: 25.000 pessoas

Arbitragem: Friedrich Seipelt (Áustria), Albert Dusch (Alemanha) e Maurice Guigue (França)

Gol: Pelé, 13min do 2º tempo

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